36. Um passo para trás

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🗒DULCE

Ter Christopher perto de mim tornou as coisas menos assustadoras. Senti que podia fazer aquilo. Na verdade eu sentia que podia fazer qualquer coisa se ele estivesse comigo. Foi um alívio que ele tivesse me perdoado e um alívio maior ainda que a minha gravidez não havia sido recebida de um jeito negativo, por mais que isso tornasse as coisas mais delicadas e que tivéssemos que ter ainda mais cuidado com Alexandra Uckermann.

Às vezes eu desejava que ela sumisse, fosse do jeito que tivesse que ser. Mas aí eu me pegava observando o Christopher com mais cuidado. Ele estava sendo ótimo em demonstrar apoio e raramente parecia pra baixo com alguma coisa, mas nos pequenos momentos, naqueles onde ele ficava em silêncio olhando para o nada com seriedade, eu enxergava uma certa tristeza que provinha dos seus pensamentos. E eu sabia também que era sobre Alexandra que ele pensava. Por mais terrível que tenha sido, ela ainda era a mãe dele. Vê-lo daquela maneira me fazia deixar de desejar o sumiço dela e passar a querer a mudança. Isso era possível?

Depois de fazer um exame de sangue para confirmar a gravidez, comecei os preparativos do pré natal. Christopher esteve comigo em todas as consultas, me ajudou a me organizar para as vitaminas e o novo cardápio montado pela nutricionista, além de me explicar em termos mais simples o que a minha obstetra dizia. Ele era meu alicerce e eu estava com medo de não conseguir segurar as pontas quando ele tivesse que voltar para Seattle.

Eu estava entrando no meu terceiro mês de gestação. Os enjôos matinais aconteciam todos os dias e eu comecei a enjoar de comidas que antes amava e desejar coisas que achava nojentas, como comer azeitona com mostarda.

Em umas dessas manhãs conturbadas, eu havia acabado de vomitar e depois de dar descarga eu continuei sentada no chão do banheiro, com a cabeça encostada na parede e os olhos fechados, respirando fundo enquanto a sensação de náusea ia embora aos poucos.

— Ei, amor. — Christopher parou na porta e me chamou.

— Ei... — respondi meio grogue.

— Acha que os enjôos estão melhorando ou piorando? — aproximou-se e sentou ao meu lado.

— Piorando. Mas pelo menos eu ainda não cheguei na fase de urinar nas calças. — brinquei.

— Mas aí eu posso treinar como colocar fraldas em alguém. — riu.

— Eu estou com desejo de bater em você. — o ameacei.

— Vai bater no homem que acabou de preparar panquecas de chocolate deliciosas para o café da manhã?

— Hum... — abri um pequeno sorriso.

Ao imaginar as panquecas, fiquei enjoada de novo e fiquei de joelhos depressa, erguendo a tampa do vaso sanitário e vomitando em seguida.

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