31. Eu iria jogar também

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📌 | Boa leitura!

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🗒CHRISTOPHER

Eu podia ser ingênuo, sensível, sentimental demais e até bobo às vezes, mas burro eu não era. Alguma coisa em Rose despertou demais a minha atenção. Não parecia natural a forma como eu estava me sentindo tão atraído por uma mulher que havia acabado de conhecer. Fiquei com uma pulga atrás da orelha durante toda a noite em que estivemos na boate. Parecia que tinha algo que eu não estava notando.

A sensação de familiaridade veio quando segurei a mão dela, depois quando dançamos juntos e de novo quando toquei sutilmente em seu cabelo enquanto bebíamos no balcão do bar.

E foi quando ela me levou para sua casa e me beijou que eu soube exatamente de onde vinha essa sensação. A garota não se chamava Rose coisíssima nenhuma. Por mais bêbado que eu pudesse estar, reconheceria cada traço dos lábios de Dulce com muita facilidade. Ela mentiu para mim a noite inteira e depois me levou até a sua casa e avançou sobre mim. Eu ficava cada vez mais confuso sobre o que ela fazia. Se aquilo era um jogo, eu iria jogar também.

Descarreguei minhas emoções por reencontra-la durante o sexo. Achei que minha primeira reação ao vê-la de novo seria movida pela raiva, mágoa e todo o rancor que ela deixou em mim. Mas não, não foi isso que aconteceu. Estive errado em pensar que conseguiria sentir alguma coisa negativa por Dulce quando estivesse perto dela novamente. Como eu poderia me irritar agora que eu podia olhar para aquele rosto? Aquele rosto que me deixou com uma sensação de calmaria desde o primeiro segundo que meus olhos caíram sobre ele. O sentimento ruim apenas evaporou.

Quando acordei na manhã seguinte, pensei logo em olhar para ela de novo, porque observá-la cavalgar em cima de mim e depois tremer sob o meu corpo durante toda a noite passada não parecia ser visão o suficiente. O rosto de Dulce era a minha nova imagem favorita.

Ela estava serena, dormindo tranquilamente com a cabeça deitada em meu peito. Os primeiros raios de sol da manhã atravessavam a fresta da cortina e a tocavam suavemente, fazendo seu cabelo brilhar. Ergui minha mão e corri meus dedos por sua face. Era uma sensação tão familiar. Sim, Dulce, essa é você. A pergunta que me preenche agora é: por que você não quer que eu saiba disso?

Afastei-a um pouco de mim e por sorte ela rolou para o outro lado da cama, puxando o cobertor consigo. Levantei sem fazer barulho, vesti minha cueca e minha calça e então saí do quarto. Talvez tivesse alguma pista pela casa.

Chegando à sala, eu comecei a olhar nas prateleiras e qualquer gaveta que estivesse à vista. Lembro-me de quando ela se descreveu como uma pessoa desorganizada no passado. Agora eu podia ver isso. Dulce realmente não tinha nenhum senso de arrumação e a prova mais concreta disso era que eu encontrei um maço de cigarros na mesma prateleira dos biscoitos. Talvez fosse descuido ou talvez ela estivesse tentando esconder de alguém que fumava.

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