30. Rose do 411

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📌 | Boa leitura!

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🗒DULCE

Ele sentou ao meu lado e passou seu braço por cima do banco, em volta de mim. Eu ainda estava quieta e olhava para ele tentando não demonstrar o meu pânico.

— Eu me chamo Christopher. Qual é o seu nome?

Droga.

Quando eu continuei em silêncio, ele franziu a testa e me olhou com estranheza. Pensando rápido, eu usei o meu celular e abri o bloco de notas para digitar.

"Desculpe, eu não falo."

Mostrei o celular para ele e então ele pareceu ainda mais confuso, mas sorriu de maneira divertida, como se estivesse segurando o riso.

— Essa é uma forma nova de dispensar alguém ou você realmente é muda?

Revirei os olhos e apontei para a frase no celular novamente. Ele assentiu devagar, mas ainda parecia desconfiado.

— Certo. Tudo bem, eu ainda quero saber o seu nome.

Ele não desistiria fácil. Soltei um suspiro e brinquei com os polegares para tomar tempo e digitar um nome.

"Rose."

Rose? Eu adoro esse nome. — sorriu fraco. — Você sabe linguagens de sinais? Eu sou médico e fiz esse curso como uma atividade extra curricular na faculdade.

"Não. Eu não sei. Não sou surda e não conheço outras pessoas como eu, então não vi necessidade".

Eu acho que seria mais fácil de conversar. Eu posso te ensinar. — ele ergueu as mãos e fez alguns sinais. — Esse é o seu nome. — fez sinais novamente. — E esse é o meu.

Eu sorri e assenti positivamente. Ele estava sendo fofo, mesmo que não parecesse acreditar em mim de início. Quando a conversa foi fluindo e ele viu que eu continuava a me comunicar com o celular, pareceu que começou a acreditar que de fato eu era muda. Ele até me fez salvar o número dele para lhe enviar mensagens ao invés de usar o bloco de notas, mas claro que aquilo era só uma desculpa para conseguir o meu número.

Alguma coisa estava gritando em minha cabeça que aquilo era errado por dois motivos. Primeiro: não era justo com Christopher engana-lo daquela forma. Segundo: era perigoso para mim ter contato com ele, mesmo fingindo ser outra pessoa. Não duvidava que Alexandra seria capaz de colocar alguém para vigiar os passos de seu filho.

De repente eu avistei Anahi retornando para a mesa e entrei em pânico. Avisei ao Christopher que precisava ir ao banheiro e saí da mesa indo em direção à minha amiga. Agarrei o braço dela e a arrastei para um lugar onde não pudéssemos ser vistas.

— Que violência é essa? — reclamou quando paramos de andar e eu soltei seu braço.

— Eu estava com o Christopher.

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