07 de setembro de 2000
pov's Sara
- Eu não te aguento mais! - Grito.
- Você não me entende! - Ela diz quase sem voz - Olha por tudo que estamos passando!
- Não! Eu realmente não entendo - Grito - Eu também estou sofrendo, você não é a única! Para de jogar todo o peso das coisas para mim - Tento gritar, mas minha voz sai fraca pelo choro.
- A mulher que eu me apaixonei, que eu casei! - Ela grita - Não é egoísta! Ela entende todo o meu sofrimento e ela não provoca brigas quando eu estou destruída! - Nicole grita e corre até a porta.
Corro até ela e seguro seu braço a impedindo de sair de casa.
- Você vai ficar! - Falo segurando o choro - Nós só vamos sair daqui quando estiver-mos resolvido essa briga.
- Por favor - Ela pede com a voz fraca.
Largo seu braço e a deixo sair, observo ela se afastar até perde-la de visão. Caminho até o sofá da sala e me jogo nele, escuto o barulho do portão sendo aberto e fechado e me entrego ao desespero.
Não sei quanto tempo fiquei no sofá aos prantos, pensando em Nicole e na vida que estamos levando. Quando retomei a consciência do tempo já havia feito todas as malas e provavelmente passava da hora do almoço.
Após por todas as malas no carro eu voltei para dentro de casa, fiquei alguns minutos olhando aquele lugar e antes de dar as costas uma última vez para aquela casa, escrevi uma carta e deixei na porta da geladeira.
09 de outubro de 2006
Quando entro com o carro na antiga rua em que morei, diminuo a velocidade. Observo todas as casas, algumas iguais, outras muito diferentes. Quando chegou em frente a casa que morei, diminuo um pouco mais e tenho tempo para reparar nos detalhes. O cinza das paredes foi trocado por marrom, os portões antes dourados e novos, então enferrujados de uma maneira que quase não se vê mais a cor, onde ficava a árvore de acerolas, agora tem uma pequena horta e as janelas antes de alumínio, foram trocadas por vidro preto.
Quando deixo a casa para trás, volto a aumentar a velocidade do carro e suspiro nostálgica. Dirijo até o prédio em que aluguei um apartamento, assim que chego e pego minhas chaves, tiro do porta-malas do carro um colchão inflável e vou para meu apartamento. Após encher o colchão eu me deito.
Acordo algumas horas mais tarde, estou com fome e não trouxe nada. Ligo para a portaria e eles me passam o telefone de um restaurante. Enquanto espero minha comida chegar, dou uma volta pelo apartamento olhando tudo, não é o local mais aconchegante, as paredes brancas estão sujas, os móveis tem aspecto de velhos e eu não quero imaginar como esse local estava antes da mulher que eu paguei ter limpo aqui para a minha chegada.
pov's Nicole
— Senhora Paollin? — Pietra a cozinheira me chama.
— Sim?
— Estão ligando pelo interfone, uma encomenda chegou para a senhora — Ela fala.
— Ok — Respondo verificando o anúncio que Samantha fez para o jornal de amanhã, procurando uma nova babá.
— Bai por anúncio de babá? — Pietra questiona com seu sotaque pesado.
— Sim. Mas me preocupa, contratar alguém que não conheço e enfim, para cuidar dos meus filhos... Você não saberia de alguém de confiança que está procurando por um emprego? — Pergunto esperançosa.
— Pois, não conheço. Converse com Samantha, ela conhece bastante gente — Comprimo os lábios e concordo com a cabeça.
— O jantar está pronto? — Pergunto.
— Meia hora — Ela responde.
Levanto da mesa e levo comigo meus óculos, caderno e laptop.
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Obs: os erros de português na fala de Pietra são propositais. Ela é estrangeira, pretendo escrever as falas da maneira que o personagem está falando, ok.,
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O PASSADO SEMPRE VOLTA
RomanceApós uma briga, Sara abondana sua esposa. Anos depois ela volta e descobre que Nicole está casada e vive feliz com uma família perfeita. Não se sabe se foi o universo, os deuses ou somente coincidência. Sara procurava por emprego e Nicole por uma ba...