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Sem música hoje, motivo? Acabou meu repertório, tchau.

pov's Gisele

Nos dias a seguir após o natal viajamos para a praia, somente nós três e deixamos as crianças com a babá – que por um adicional de hora extra aceitou de bom grado.

— Sara vamos comprar sorvete? — Chamo ela que está estirada no sofá da casa de praia.

— Chama a Nicole, Gi. Eu tô morta com esse calor — Ela choraminga.

— A Ni tá no banho e pelo visto vai demorar sair daquele banheiro, bora — Chamo outra vez.

Ela abre os olhos e me encara então após alguns segundos se levanta.

— Esse teu olho azul lindo dificulta eu te dizer não — Ela fala procurando os chinelos debaixo do sofá.

— Eu sei, por isso mamãe me deu eles — Respondo.

Ela acha os chinelos depois de alguns minutos procurando, calça eles e vem até mim cruzando seu braço no meu.

— Bora pra sorveteria — Anúncia desanimada.

— Bora!

Caminhamos até a sorveteria e da no máximo uns dez minutos, durante todo o caminho conversamos e damos risada.

— Já pensou se nós duas começamos a namorar e fechamos esse triângulo? — Comento brincando só para ver a reação de Sara.

— Por que isso, você tem vontade? — Ela pergunta me cutucando.

— Você não é feia e eu não sou de ferro — Falo rindo.

— Se apaixone por mim primeiro, beleza não segura relacionamento — Ela fala rindo e abre a porta da sorveteria.

Entro logo atrás dela e a porta se fecha sozinha, um ar fresco nos recebe e um homem robusto negro e careca nos encara com um sorriso simpático do outro lado do balcão.

— O que vão querer? — Ele pergunta — A se quiserem, ali fica a senha do wi-fi — Ele aponta com a cabeça para uma das paredes.

— A sim, tem sorvete de maracujá? — Pergunto olhando no frizeer.

— Nesse aqui — Ele me encaminha para o frizzer ao lado.

— Vou querer uma bola no cascão — Informo e me viro para Sara.

— Achei que a gente ia comprar tipo um pote e ir embora, Nicole vai ficar louca se sair do banho e não nos ver na casa — Ela fala se apoiando no balcão.

Estalo a língua e reviro os olhos, pego meu celular no bolso e mando uma mensagem para Nicole.

— Já foi — Viro a tela em sua direção.

— Que bom, senhor vê uma bola de morango e uma de chocolate branco pra mim no cascão por favor — Ela pede em seguida.

Pego o meu sorvete que ele já avia preparado e caminho até uma mesa no canto, logo Sara pega o dela e vem se sentar comigo ficamos conversando até chegar no assunto de cor de olhos e então filhos.

— Acho teu olho um verde tão lindo, se um dia eu for mãe quero que meu filho tenha olhos verdes, meu deus são muito lindos! — Comento a encarando e ela ri.

— O mais provável é azul ou castanho — Ela fala.

— Talvez, mas a esperança é a última a morrer — Falo dando de ombros.

— Ah, mas seus olhos são lindo, imagina uma criancinha loirinha com seus olhos correndo pela casa perturbando o Luige e as meninas — Ela comenta rindo e gesticulando com a mão livre.

O PASSADO SEMPRE VOLTAOnde histórias criam vida. Descubra agora