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"E o choque do teu beijo na minha pele me tira do sério
Me entrego cada vez mais
E o toque esquenta o corpo inteiro
Vejo o sol no seu reflexo aquilo que me satisfaz
Eu piro quando você fala que me ama
Mais um pouco eu paro de drama
E deixo minhas coisas na tua casa
Deixo meu corpo na tua cama"

pov's Nicole

Matérias e mais matérias em todos os lugares com informações totalmente destorcidas, ameças veladas para mim e para Sara vindas de fãs ou seja lá o que forem do Algusto essas pessoas.

— Como vai ser? — Sara pergunta preocupada.

— Eu vou adiantar a viagem de serviço com a Gisele e você vai ficar em um hotel na Capital  — Explico — Eu sei que é tudo de última hora, mas não estou com um bom pressentimento.

— Essa viagem, pra que agora? — Ela questiona caminhando até o guarda-roupa.

— Gisele também corre perigo — Eu falo — E além do mais, ninguém te conhece ou conhece as crianças, eu as pessoas conhecem! Vai ser mais seguro para todos nós essas duas semanas longes — Me aproximo e afasto algumas mechas que tapam seu rosto e então deposito um beijo na testa.

— Eu liguei para aquele número — Ela solta e eu fico perdida sobre o que ela está falando.

— Que número? — Pergunto me afastando e indo até a mala levar uma blusa.

— Meu irmão — Ela finalmente fala.

— E é por isso que você está estranha a alguns dias... Como foi? — Questiono.

— Eu descobri que minha mãe morreu e meu pai está com câncer no pulmão...

Comprimo os lábios e paro por alguns segundos, então me viro e a encaro.

— Como você está se sentindo? — Questiono.

— Sinceramente perdida — Ela conta — Talvez eu tenha sido muito extrema com meus pais e minha família... Talvez eu tenha feito com que eles odiassem quem sou por ter me afastado deles.

— Como assim? — Questiono perdida.

— Eu nunca dei uma chance de se reaproximarem, eu não olhava nunca na cara do meu pai, eu fingia que não os conhecia, tudo por orgulho...

— Eles te expulsaram de casa — Tento fazer ela pensar melhor — Não se culpe por isso.

— Você sabe que não foi bem assim — Ela fala e vejo algumas lágrimas no canto dos olhos se formando — Nós brigamos uma noite, ela disse algo como "Isso não é certo, dentro da minha casa não", eu não falei nada, subi para o meu quarto e comecei a pegar minhas roupas...

— Então ela ligou para o meu pai e contou tudo...

— Eu não sei o que fazer — Ela se senta na cama e esconde o rosto com as mãos frustrada.

— Talvez você deva tentar vê-lo, apresentar o neto... — Me sento ao lado dela.

Ela balança a cabeça em positivo e então se levanta de supetão voltando a ajeitar as coisas na mala.

— Preciso conversar com você sobre como serão as coisas depois da viagem — Ela fala nervosa — Mas não agora.

Me levanto da cama e vou até ela lhe abraçando por trás.

O PASSADO SEMPRE VOLTAOnde histórias criam vida. Descubra agora