Marimo

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Encarei aquela maldita cômoda pensando sobre o que teria dentro dela, pensando também como ela não combinava nada com aquele quarto. Não sei explicar bem, parecia fora do padrão. Um guarda roupa ficaria bem melhor, ou mesmo um grande baú. Não sei o que deu na minha cabeça para aceitar aquilo nesse quarto.

Eu já pensava nisso a um tempo desde que acordei. O dia ainda estava nascendo, eu tinha a mania de acordar cedo desde criança para preparar o café da manhã, não que eu precisasse fazer isso agora já que todos os membros acordavam tarde, mas hábito era hábito. Cogitei algumas vezes em me levantar e iniciar o dia, mas aquele coxão era muito bom.

Então fiquei uns bons minutos deitado de barriga para baixo até que escutei um movimento ao lado e uma mão circulou minha cintura me abraçando. Virei meu rosto devagar no coxão e um tanto surpreso encarei Zoro adormecido, em um sono tão silencioso que parecia tá morto. Reparei em sua respiração baixinha, expressões relaxadas e corpo nu assim como o meu em baixo do lençol.

Quando acordei meio que me questionava se ele teria saído do quarto, porque ele tinha essa mania de me deixar acordar sozinho, por isso fiquei receoso em procurar por ele, mas ele esteve aqui o tempo todo.

Me concentrei dessa vez em observá-lo, cada detalhe, de seu rosto, cabelos curtos estranhamente verdes, suas mãos e seu corpo grande, naquela marca roxa em seu pescoço, em sua boca ainda avermelhada e as cenas da noite passada voltaram inevitavelmente à minha mente me fazendo cerrar os punhos. Ele realmente fez aquilo sem nenhum problema comigo. Eu me descontrolei várias vezes, mas não apenas me alterou como a ele também.

Zoro se tornou uma pessoa muito difícil de se conversar noite passada.


Meus gemidos já eram constantes com ele repetindo vezes e mais vezes aqueles movimentos, seus dedos apertando minhas coxas e sobre meu peito. Ele tinha alguma tara em me marcar de todas as formas possíveis.

Em alguns momentos seus movimentos desaceleravam, sua língua percorrendo todo meu membro rígido. Quando cerrei mais forte meus olhos, meu corpo tremendo chamei por ele e ele voltou a me chupar até que eu me derramasse em sua boca. Eu estava nas nuvens extremamente contente e sorri cabulado com seus beijos doces em minha pele.

- Em que está pensando tão concentrado?

Foquei minha visão percebendo que Zoro havia acordado e estava me observando. Ainda de barriga para o colchão virei meu rosto voltando a olhar a cômoda.

- Nada.

- Hn?... Bom dia?

- Tsc. - Ele tinha muita coragem de me dizer isso. - Bom dia. - Murmurei a contra gosto.

- Não vai me olhar?... Está com vergonha?

- Quem está com vergonha? - Voltei meu rosto para olhá-lo, ele estava sorrindo. Empurrei seu ombro sentindo meu rosto quente.

Eu não estava com vergonha de nada, que merda! Ele segurou meu pulso preguiçoso enrolando meu braço em torno de si, me fazendo abraçá-lo. Bufei novamente sentindo sua pele quente e seu ombro próximo do meu rosto.

- Eu não estou com vergonha! - Senti ele concordar escondido na minha nuca.

- Você não está.

O apertei.

- Zoro!... - Não demorei a desistir e suspirei, um tanto inebriado com seu cheiro ainda misturado com o de sexo. E eu ainda o arrastei para nos lavarmos ontem! Não demorou eu descobrir que havia sido uma péssima ideia.

All of me (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora