Capitulo 4

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Antoinette Topaz point of view

Lentamente se rolam a janela do carro para baixo e eu fico na calçada, com as pernas congeladas. Eu olho dentro do carro, mas está muito escuro para ver a motorista. Quando finalmente já não há janelas no caminho, eu consigo reconhecer a pessoa.

—Entre no carro.- Eu esperava que fosse um homem, mas para minha surpresa era Cheryl.

—Entre no carro Toni Topaz. - Ela repete em um tom estrito. Como diabos ela sabe meu nome completo? Quem é ela? Uma stalker ? Eu deixo cair minha bolsa, me viro rapidamente e começo a correr o mais rápido possível, à medida que lágrimas começam a se formar nos meus olhos. Depois de alguns minutos, não ouço mais o carro atrás de mim e paro para recuperar o fôlego. Sinto que estou morrendo. De repente, vejo o mesmo carro vindo em minha direção, mas do outro lado da estrada desta vez.

—Deixe-me em paz!- Eu grito. Ela encosta e sai do carro.

—Que diabos... Cheryl?! Por que você está me seguindo?! Ela se aproxima de mim e estende minha bolsa.

—Você deixou cair algo babydoll- Eu tento alcançá-la, mas ela se afasta. — Aha, não, querida. Você não vai recuperá-la de graça. - Eu reviro os olhos e deixo sair um suspiro.

—Por favor, Cheryl.... Eu preciso ir para casa, Devolva para mim, por favor.

—Ok, você pode pegar de volta...mas terá que fazer tudo o que eu disser pelo resto da noite.

—...O quê? Não! Eu tenho que ir para casa!

—Então você não vai pegar sua bolsa de volta- diz ela e se vira para voltar para seu carro.

—Espere!- Eu suspiro.—Tudo bem... Farei o que você quiser. Pode me dar agora?.- Ela para e ri.

—Você vai conseguir amanhã de manhã. Agora entre no carro.- Eu suspiro pela 100a vez e entro no carro. Ela tira meu telefone da minha bolsa e me entrega.—Ligue para sua mãe. Diga a ela que você vai passar a noite na casa da sua novo amiga.- Eu olho para ela por um momento e depois faço o que ela me disse. Ela sorri orgulhosamente.

*pule a chamada*

—Boa garota. Viu? Não é tão difícil.- diz ela e começa a dirigir.

—Para onde... para onde estamos indo?- Eu digo muito silenciosamente, com medo de deixá-la brava. Começo a ficar nervosa. Eu olho para ela, mas ela só mantém os olhos na estrada sem me dar uma resposta. Depois de alguns minutos, ela quebra o silêncio me fazendo vacilar um pouco.

—Eu vi você no pops.- Espero que ela continue porque não sei por que ela está me dizendo isso.—Eu pensei que tinha te deixado bem claro.

—Huh... *pop* você tá faland-...

—Você estava com Jughead. Eu te disse que não quero te ver com ele. Nunca mais. Ou além de esquisita você é surda? - Posso ter certeza que ela se refere aos meus tics como algo "esquisito"

—Mas...Ele é legal...- Eu sussurro mais para mim do que pra ela. Cheryl espreme as mãos no volante e aperta bruscamente os freios. Ela se vira para me encarar, seus olhos parecem tão escuros agora. Assustador.

—Deixe-me explicar para você, vadia burra. Você não tem poder de decidir. Eu te digo o que fazer e você obedece. Fácil assim.- Posso dizer que ela está tentando ficar calma, mas o álcool ainda está no meu corpo e está me fazendo sentir um pouco mais corajosa, eu realmente não posso ficar quieta. Depois só colocar a culpa na bebida.

—Eu posso *pop* fazer o que quiser. Eu nem *pop* te conheço, acabamos de nos conhecer! Quem é você para me dar ordens?!- Os olhos dela se arregalam para as minhas palavras. Ela pega meu colarinho e me bate contra a janela do carro atrás de mim, me fazendo bater a cabeça.—Ai! Isso doeu...- Eu digo tocando a parte de trás da minha nuca. Ela está me encarando muito de perto enquanto eu deixo uma risada escapar. Ela franze a testa.

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