Um dia ruim..
Antoinette Topaz point of view
— Mas Peaches, você não tinha o direito de dizer para Cheryl que eu iria sair com ele!- Exclamo irritada com minha amiga pela 10°, vez ao celular.
— Meu Deus Maria Antonietta, você ainda tá falando nisso.- Diz cinicamente.— Quantas vezes eu vou ter que te dizer que eu tinha te falado que iria dizer a ela. Você que não acreditou.
— Mas é que eu ainda estou inconformada.- Me sento no sofá, e coloco em qualquer canal na televisão.— Como que você pode ter me traído?
— Já pensou em fazer papel para novelas mexicanas?- Bufo.— Caralho cotonette, já foi, muda o disco, vocês já bem se resolveram, supera negah.
A propósito, já fazia algumas horas desde minha última conversa com Cheryl, que logo após nossa interação, ela me trouxe sã e salva para casa. Tínhamos conversado bastante, em relação a tudo, o que me gerou um certo alívio. Ela se certificou em mudar seu modo de viver, redefinir suas ações, e, sobretudo, tentar ser um ser humano melhor, não para ela mesmo, e sim para mim. Fofo.
Em questão de aproximação física, ela foi super respeitosa e cautelosa. Nossos toques não passaram de abraços delicados, ou simples contatos com a pele. Certas vezes eu a pegava encarando meus lábios, que por mais que Cheryl tentasse disfarçar ao máximo, era notável, assim como seus olhos sempre em meu busto. Mas, não a dei nenhuma abertura para qualquer movimento exagerado, até porque tudo está indo bem depressa, e mesmo que eu tenha fé em suas palavras de mudanças, eu serei mais fechada e rígida nessa nova fase.
— Tá, tá.- Digo.— Mas não faça novamente, certo?
— Que isso parceira, jamais.- Dou risada.— Vai amanhã né?
— Vou amiga.- Escuto um barulho de chaves, avisando a chegada de minha mãe.— Preciso desligar agora.
— Ok, amanhã passo aí e te pego.- Se despediu.— Mas eu ligo antes.
— Ok, beijos.- Desliguei o celular rapidamente.
Assim que desvio meu olhar do meu celular, consigo ouvir passos a mais do que de minha mãe, dando a entender que ela não estava sozinha, o que era de fato estranho. Mamãe odeia companhias.
— Aí, você é hilário...- Ouço risadas misturadas com a de um homem.— Você pode dormir no meu quarto..
Como a maioria das vezes, ela me ignorou. De fato, sabia que eu estava na sala, até porque a luz estava acesa, e meu corpo exposto de costas no sofá. Bufo.
— Ah, já ia me esquecendo da sua água.- Passou reto, sem me encarar.
— Oi mãe!- Digo. Assim que minha voz foi presente no ambiente, o moço, de aparentemente meia idade, direcionou seu olhar para mim, com um grande sorriso em seus lábios. Com a interação um pouco peculiar de sua parte, sorrio gentilmente o cumprimentando.— Ah, olá.
— Você não iria me apresentar sua filha, Katy?- Perguntou num tom alegre.
— Iria depois. Achei que já estivesse na cama, Antoinette.- Mentira. Ela havia me visto. Entregou o copo de vidro ao homem, que rapidamente o virou.
— Eu cheguei faz pouco tempo.- Cruzo minhas pernas, o que não passa despercebido do rapaz. Fiquei desconfortável.
— Bem, Rodrigo, está é Antoinette minha filha.- Sorrio timidamente.— Esse é Rodrigo, meu namorado.
— Oh.- Fico sem reação.— É um prazer.- Estendo a mão para cumprimenta-lo.
— O prazer é todo meu.- Solto um riso de nervoso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Toxic
FanfictionToni é uma garota de 17 anos que se muda de sua cidade natal Ottawa para Riverdale, muito menor, a cidade onde todos sabem tudo um sobre o outro, mas ao mesmo tempo nada é o que parece. Ela é muito doce e fofa, mas também tímida e insegura e é por i...