capítulo todo narrado pela Peaches, quem amou????
Peaches 'N Cream point of view
Eu sei que vocês podem estar pensando que é loucura eu ir atrás de uma louca, o que faz sentido, mas a realidade é que entre ficar sentada julgando as roupas das periguetes, e os comportamentos infantis dos idiotas, eu prefiro ir conversar com uma psicopata.
Saio em passos acelerados em direção a onde ela foi, mas a perco de vista. Olho para o lado esquerdo e depois para o direito tentando avista-la, o que é falho. Ouço um barulho estrondoso de uma porta batendo, e imagino que seja ela, afinal era a única pessoa no corredor naquele horário. Vou até o final do corredor e vejo que a porta para o ginásio estava semi aberta.
— Cadê cadê cadê.- Tateio meu corpo até achar meu canivete.— Ufa.- O guardo no bolso da frente de minha calça.— Senhor me proteja de todo mal, amém.
Agora lentamente, me aproximo da porta, dou uma grande suspirada, e coloco a cabeça para dentro e de cara a vejo. Eu sei eu sei, "mas Peaches, você toda malandrona está com medo de uma menina?", e em minha defesa eu posso dizer... porra, não posso dizer nada, tô com medo sim, ela é maluca.
— Ah fodase, qualquer coisa é só um socão nas teta dela.- Entro no ginásio. É claro que ela me viu pelo canto dos olhos, mas ao menos se deu o trabalho de virar o rosto, continuou encarando qualquer ponto fixo desconhecido por mim. Prendo minha mão no bolso da frente da minha calça, e cautelosamente me aproximo dela.
— Eae parça.- Digo.— Posso sentar?- Ela levanta os ombros nem um pouco interessada, e eu faço.
Ficamos alguns segundos num silêncio assustador, nunca achei que ficaria sã perto da pessoa que eu sempre quis dar uns crocks, e isso estava começando me fazer suar.
Tiro do sutiã uma caixa de cigarros e um isqueiro, colocando em minhas mãos, e pela primeira vez, vejo seu rosto totalmente agora virado, mas não para meu rosto, e sim para minhas mãos.
— Você fuma?- Perguntou aparentemente espantada.
— Na verdade não, é só uma metáfora.- Seus olhos se reviraram, ela deve ter pegado a referência de culpa das estrelas.
— E você tem câncer?- Levantou a sobrancelha, pude reconhecer que ela continha um tom mais brincalhão agora.
— Eu tenho..- Digo e vejo sua cara cair agora, e nesse momento ela não sabia o que dizer. Um silêncio planou antes de eu abrir um sorriso maligno.— É mentira, eu só acho o Ansel Elgort gostoso.
— Tava bom de mais para ser verdade.- Quis espremer sua cabeça com o comentário.
— Sabe...- Coloco o cigarro na boca e o acendo.— Isso me traz um tremendo dejavú, pois a mais ou menos 3 semanas atrás, Toni estava bem aí onde você está sentada, e eu aqui mesmo, a consolando porque viu você comendo a loira, e agora eu estou aqui te consolando porque ela te comeu viva.
— Escuta aqui, sua emo de 2012, se você veio aqui para jogar mais ainda na minha cara que eu estou errada, eu juro que vou amassar seu crânio nesse banco e depois prender sua cabeça naquela porta.- Disse olhando diretamente para o lado. Quis dar risada mas segurei.
— Eu não vim aqui para isso.- Trago a fumaça.
— Veio para que então?- Pegou o maço de cima das minhas coxas, e tirou um cigarro.
— Bem, só quis te fazer companhia, porque por mas que eu te odeie, ninguém merece ficar triste sozinho.
— Tudo o que eu menos quero agora é ver seu rosto, então se não se importa.- Se virou novamente para frente.
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Toxic
FanfictionToni é uma garota de 17 anos que se muda de sua cidade natal Ottawa para Riverdale, muito menor, a cidade onde todos sabem tudo um sobre o outro, mas ao mesmo tempo nada é o que parece. Ela é muito doce e fofa, mas também tímida e insegura e é por i...