Capitulo 36

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Narrador point of view

Hahaha, muito engraçadinho você.- Disse Cheryl, que estava sentada no banco da quadra, enquanto conversava com seu irmão Jason em face time.

— Mas é sério, maninha..- Jason sorriu.— Ela é muito gata!

— Sim, eu sei..- A garota esbanjou um sorriso enorme totalmente convincente, encarando com os olhos de coração a foto de Antoinette.

— Já contou para ela..?- Cheryl encarou a face de seu irmão pela tela do celular, com um semblante caído ao lembrar de sua condição.— Pelo visto não.

— Ainda não. Ela sabe por cima, mas não exatamente tudo.- Disse tristemente.— Tenho medo...

— Você? Tendo medo de algo que não seja ver pessoas se vestirem de verde? Essa é nova.- Ambos riram.— Você não precisa ter medo, se ela te ama, irá te aceitar, e cuidar de você.

— Mas é exatamente por isso, ela me ama..- A garota suspirou lentamente antes de concluir sua fala.— Eu já a machuquei tanto, tanto...- Seus olhos encheram ao relembrar de tudo que já fez sua amada passar por sua obsessão.— E mesmo assim ela permaneceu. E mesmo assim ela me ama. Eu só tenho medo de que isso seja a gota d'água para ela. Me sinto dependente de seu amor, de seu corpo... de seu coração.

— Então porque você a tratava daquela maneira, Cheryl?- O garoto perguntou calmamente.

— Eu simplesmente não sei! Era meu jeito de demonstrar segurança, não só para ela, como para mim. Me apavora o fato de que um dia ela pode estar em outros braços que não seja os meus. Então eu me protegia dessa maneira. Mas, aos poucos estou trabalhando isso. Confesso que não é fácil deixar de impor regras e limites, ou até mesmo tolerar suas malcriações. Estou tentando mudar. Por ela.- Cheryl alegou, com toda sinceridade que seu coração emanava. Jason ficou alegre pelo que ouvira.

— Nunca pensei em te ver assim.- Sorriu.— De qualquer maneira, não deixe de contar para ela. A culpa não é sua, Cheryl. Você pode ter seus defeitos, e ser uma louca possessiva...- A ruiva revirou os olhos.— Mas nisso, você realmente não tem culpa. E eu posso te garantir, que ela irá te acolher, e cuidar de você.

— É..- Cheryl suspirou pesadamente.— Espero, assim não tenho que mantê-la em cativeiro em casa.

— Você me dá medo, nunca sei quando está sendo séria ou irônica.- Cheryl piscou.— Certo, me fala um pouco sobre ela?!

Naquele momento, Cheryl pensou durante longos segundos, buscando respostas para a pergunta de seu irmão, e em todas pensadas era um sorriso diferente. A garota sabia que havia ganhado na loteria. Ela apenas sabia.

— Não sei defini-la cara... uma mistura de anjo com demônio, talvez.

— Por que pensa assim?- Seu irmão perguntou interessado.

— Ela consegue trazer refrigério para minha alma na mesma proporção que trazia o calor para minha cama.- Ajeitou seus cabelos para seu ombro.

— Do qual você mais gostava?- O garoto perguntou.

— Bom... eu nunca fui santa...- Ambos deram um sorriso cúmplice.

[...]

Voltando à atualidade, Antoinette estava concentrada se preocupando com sua blusa manchada, e ao menos percebeu a presença de uma pessoa atrás dela, que a encarava com luxúria. Cheryl.

Precisa de uma mãozinha?- A garota ruiva exclama, assustando a de mechas rosas. Toni tornou os calcanhares para olhá-la, sentindo seu coração pulsando em sua garganta.

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