Antoinette Topaz point of view
Reggie, Cheryl e eu fomos para a detenção juntos, e todos nós sentamos no banco de trás. Depois de alguns minutos a Sra. Lovato chega e ela já está brava. Ótimo.
— Por que vocês estão sentados atrás ?! Venha para a frente, são só vocês três.- Diz. Nós nos levantamos e fazemos o que ela disse.
— Vadia.- Cheryl murmura e eu não posso deixar de rir um pouco. A Sra. Lovato se vira rapidamente e levanta a voz para mim.
— Com licença?!- Eu olho para ela sem saber o que dizer. Não quero culpar Cheryl, embora ela seja quem disse isso.— Repita o que você acabou de dizer.- Abro a boca, mas Cheryl me interrompe.
— Eu disse isso.- Cheryl exclama.
— Nem pense nisso, senhorita Blossom. Vocês levando a culpa uma da outro o tempo todo precisam parar agora.
— Mas eu disse! Toni não tem nada a ver com isso!- Cheryl diz e ela começa a ficar com raiva. Eu sei que ela não gostaria que eu assumisse a culpa por ela, mas não quero que ela se meta em problemas. Eu não me importo se ela vai ficar com raiva de mim.
— Não Cher, está tudo bem. Sinto muito pelo que eu disse ms Lovato.- Eu digo.
— Você vai ficar aqui comigo por mais tempo hoje, senhorita Topaz. E agora eu quero que todos vocês copiem este ensaio três vezes.- Ela diz e entrega os papéis para nós. Cheryl está prestes a falar novamente, mas eu rapidamente coloco minha mão na dela. Ela olha para mim, seus olhos parecem tão escuros e com raiva. Eu olho para ela e imploro com meus olhos e vejo os dela amolecerem. Eu não esperava por isso. Talvez ela realmente se importe comigo.
Depois que terminamos de copiar o ensaio, ms Lovato dispensa Cheryl e Reggie. Cheryl murmura algo como "me mande uma mensagem mais tarde". A Sra. Lovato está trabalhando em algo e não vai nem prestar atenção em mim. Eu apenas sento lá em silêncio pelo que parecem anos. Ela não pode simplesmente me dar algo para fazer?
Em algum momento ela se levanta e fala.
— Esqueci uma coisa no meu carro. Quero que você fique aqui, entendeu? Não faça nada que vai te colocar ainda mais em problemas do que está agora. Vai levar apenas alguns minutos.- Eu aceno e a vejo sair pela porta. Fico sentada em silêncio até ouvir um barulho do outro lado da sala de aula. Eu olho e quase tenho um ataque cardíaco quando vejo Cheryl fora da janela. Eu me levanto e caminho até lá em silêncio.
— Cheryl ?! Que diabos?- Digo depois de abrir a janela.
— Toni, baby, pule fora!- Ela sussurra.
— O quê ?? Você está louca??
— Querida, vamos, você está no primeiro andar! E eu vou te pegar, vou te ajudar se você não conseguir-
— Cheryl, não é isso! Eu não posso simplesmente fugir da escola assim! Vou ter problemas - Ela revira os olhos.
— Você terá ainda mais problemas se não fizer o que eu estou mandando.- De repente, seus olhos escurecem de novo, me dando calafrios.— Apresse-se antes que a professora volte.- Diz e eu faço o que ela me disse. Coloco minhas pernas para fora da janela cautelosamente, mas não prossigo, estou com muito medo de cair e se machucar, mesmo não sendo tão alto. Cheryl percebe meu "desespero" e agarra minhas pernas.
— Pule, você não irá cair. Eu não irei deixá-la se machucar, pode ter certeza.- Dou um impulso para fora e Cheryl me segura, deixando nossos rostos colados um no outro.— Eu te disse que não a deixaria cair.- Sua respiração bate contra minha boca e nossos narizes estão se tocando, enquanto meus pés ainda não alçaram o chão totalmente.
— O-obrigada, C-cher.- Quebro nossa troca de olhares, e a afasto seus braços para que eu finamente esteja na superfície.— A Quanto tempo você esteve aqui?- Eu pergunto a ela um pouco corada.
— Eu nunca fui embora.- Diz.
— Espere, então você está me observando?- Eu pergunto e ela apenas sorri.
Ouvimos saltos vindos de dentro da escola e olhamos uma para a outra com olhos arregalados. Cheryl agarra minha mão e começamos a correr o mais rápido que podemos. Continuamos rindo e eu não consigo mais respirar.
— Não pare TT, continue correndo!- Chegamos ao carro dela e rapidamente entramos. Nos encaramos por alguns segundos e começamos a rir de novo.
— Meu Deus, Eu te odeio- Eu brinco e ela de repente fica séria.
— O que?
— ..Cheryl ... estou brincando ..
— Oh. Bem, sim, claro que está. Mas não brinque assim.
— Então ... o que vamos fazer agora?- Eu pergunto
— Qualquer coisa que você goste, minha princesa, estou à sua inteira disposição.- Eu me viro para olhar para ela e nós nos encaramos por um momento. Seus olhos têm um efeito estranho em mim e eu me perco.— Toni? Você está bem?- Ela diz e eu percebo que ela estava esperando por uma resposta.
— Oh, sim- quero dizer ... eu-eu não sei ...- Ela ri e liga o carro. Depois de um tempo, decido quebrar o silêncio.— Estou com medo ...
— Toni, eu já te disse, você não precisa ter medo de mim. Bem, não enquanto eu não estiver brava com você.- Ela diz e pisca.
— Não, quero dizer ... Estou com medo da Sra. Lovato. Eu nem quero saber em quantos problemas vou me meter depois disso.- Cheryl puxa para cima o freio de mão, e se vira para mim, segurando minha mão na dela.
— Babygirl. Eu já te disse isso também. Você não precisa ter medo de nada nem de ninguém enquanto eu estiver aqui. Eu nunca vou deixar nada de ruim acontecer com você, e vou me certificar de ninguém te machucar. Entendeu? - Eu olho para baixo e aceno.
— Obrigado, Cheryl.
— Não há necessidade de me agradecer, baby. Eu sempre protejo o que é meu.- Eu coro e olho para longe quando ela começa a dirigir novamente.— Vou te levar para casa agora, ok? Você deve estar muito cansada.
— Sim, estou. Obrigada.- Ela para bem na frente da minha casa quando meu telefone apita em minhas mãos, sinalizando que recebi uma mensagem. Cheryl agarra antes mesmo que eu possa olhar para ele e seus olhos escuros mudam rapidamente para o meu rosto.— Oo que?- Eu pergunto nervosa.
— Você deu a ele o seu número.
— Quem? C-cher, por favor, deixe-me ver- Eu digo e tento estender a mão para pegar meu telefone, mas ela o afasta.
— Reggie. Achei que tivesse sido bem clara. Você-é-minha-, Toni Topaz.
Nesse ponto, começo a ficar sem paciência.
— O que-Cheryl, eu nem sei do que você está falando! Você não está fazendo nenhum sentido
— Significa. Isso eu decido. Você ouve.- Eu rolo meus olhos. Escolha errada.— Com licença? Você acabou de revirar os olhos para mim?
— Sim, porque sou livre para revirar os olhos sempre que quiser. E posso falar com outras pessoas fora de você. Por que deveria ouvi-la, afinal? Quem disse que sou sua? E por quê?- Ela me olha furiosa.
— Porque eu posso fazer isso.- Ela diz e dá um tapa na minha bochecha. Eu olho para ela enquanto tento segurar minhas lágrimas.— Você pediu por isso.- Ela diz.
— Como você pode dizer que quer me proteger quando você é a primeira a me machucar, Cheryl?- Eu olho para ela, mas ela não responde. Ela provavelmente não esperava que eu dissesse algo assim.— Você não me faz sentir segura, Cheryl. Você é perigosa. Você é completamente tóxica.- Cheryl parece sem palavras e quase como se ela fosse quem está segurando as lágrimas agora. Mas eu não sinto muito. Ela provavelmente está apenas agindo de qualquer maneira. Pego meu telefone da mão dela e vejo uma lágrima rolar pelo seu rosto.— Sim, bela atuação. Mas você precisa trabalhar naquele choro falso se quer que eu acredite.- Digo e saio do carro.
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Toxic
FanfictionToni é uma garota de 17 anos que se muda de sua cidade natal Ottawa para Riverdale, muito menor, a cidade onde todos sabem tudo um sobre o outro, mas ao mesmo tempo nada é o que parece. Ela é muito doce e fofa, mas também tímida e insegura e é por i...