Capitulo 29

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Antoinette Topaz point of view

Você não vai comer seu lanche?- Estava com meus pensamentos na lua.— Toni!

— O que?- Me desperto.

— Seu lanche vai esfriar.- Peaches alega. Seu rosto tinha ketchup por toda extensão da boca. Eca.

— Não estou com fome.- Volto a encarar um ponto fixo da praça de alimentação.

Vocês devem estar se perguntando o que aconteceu, bem, aqui vem a resposta. Depois daquele show de horrores, Peaches havia me convencido a vir para o shopping da cidade. Segundo seu raciocínio, lá havia muitas testemunhas caso "acontecesse algo". Não que eu estivesse com medo de qualquer coisa, mas eu realmente precisava ir a algum lugar que não fosse minha casa no momento.

Já eram quase dez horas da noite, e eu estava na rua, totalmente descabelada e fora de si. Tentando manter o controle. Só de pensar que amanhã terei que ir à escola, me dá náuseas.

— Seus pensamentos estão gritando.- Peaches diz.— Tente comer, você precisa. Estou falando sério agora.

— Eu não estou com fome, Pe.- A encaro.— Pode comer, eu sei que você tá loca pra pegar meu lanche.

— Você é fiota.- Pegou meu lanche.— E então, o que acha de conversar?

— Não tem o que falar...- Suspiro.— Que ódio. Eu deveria voltar lá e quebrar a cara dela.

— Iria fazer o que? Morder a canela dela?- Reviro os olhos com o comentário.— Sério, mas eu vou falar agora. Eu nunca ri tanto internamente na minha vida.

— Pois é né, invés de ajudar só piorou. Você fazia comentários idiotas, quebrou a porta dela, e ainda por cima riu num momento totalmente inapropriado.- Digo num tom sério.

— Mano me desculpa ok? Eu juro que eu tentei segurar, mas naquela hora não deu. Vocês parecia dois gansos se olhando, escapou, foi mal, sorry.- Bebeu sua coca

— Pois amanhã eu vou arranhar o carro dela todo, e beijar o Jughead na frente dela, e depois trocar a água dela por água sanitária.

— Ei ei ei.- Colocou o copo sobre a mesa.— Já foi, deixa quieto agora. Esquece isso.

— Que? Por que você acha que eu deveria só "esquecer" isso?- Faço aspas com os dedos.

— Porque sim, já foi, não tem mais o porque, você já deu uma lição na coitada.

— Coitada?- Solto uma risada irônica.— Pelo amor de Deus Peaches, você só pode estar enfeitiçada para defendê-la.

— Escuta, não estou defendendo ninguém, ok?- Me olhou sério.— Só não acho certo ficar brigando mais. Você já foi, já "conversou" com ela, já acabou, agora esquece.

— Por que está defendendo ela?- Pergunto intrigada.

— Não estou.- Levanto as sobrancelhas.— Ok, talvez só um pouco.

— Era só o que me faltava agora, minha única amiga do lado do monstro que tem debaixo da minha cama.

— Toni, você é minha amiga, minha melhor amiga, eu realmente gosto de você, sendo assim, eu sempre irei te defender, em qualquer ocasião. Eu sei que sou brincalhona, e bobona, mas isso é porque eu sou assim, e eu sei diferenciar as coisas, sei separa-las. E por esse fator, eu sou obrigada a dizer que sim, fiquei e estou com dó dela. E eu quero esgana-la por ter me feito sentir isso, aquela ferrugem.

— Dó?- Pergunto ironicamente.— Esqueceu quem é a errada aqui, hum? Esqueceu quem foi a abusada fisicamente e emocionalmente? Mano, você só pode estar de brincadeira com minha cara, como pode eu estar aqui e-

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