Capítulo 1 - O quarto 103

307 35 12
                                    

Kayla

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Kayla

Tiro os sapatos revirando a bolsa enquanto atravesso o gramado silenciosamente. Está tarde então sei que não vou encontrar nenhum hóspede fumando. Eu realmente não devia ter bebido tudo aquilo, acho que me empolguei um pouco na quinta da tequila e ainda dependi de uma carona para vir embora. Em pensar que eu devia ter chegado há 3 horas..

Entro pelos fundos andando na ponta dos pés, passo pelo corredor silenciosamente e entro me esgueirando no quarto. Se Pei acordar com certeza me delatará. Respiro aliviada quando tranco finalmente a porta, deixo meu sapato perto da entrada e vou para o banheiro sem ousar acender a luz. Vai que mamãe já está acordada, se ela vê a luz do meu quarto acesa provavelmente baterá aqui querendo saber o que diabos estou fazendo chegando uma hora dessas.

Abro a torneira lavando o rosto, mesmo bêbado tento dormir sem maquiagem, só eu sei o que passei na adolescência tratando as espinhas. Mas francamente para que me dei ao trabalho de passar isso, fomos ao mesmo lugar de sempre, como quase toda quinta-feira e para meu azar ainda tive a má sorte de encontrar meu ex. Tiro a roupa jogando-a no cesto perto da porta. Estou com preguiça demais para tomar um banho e no momento dormir fedendo a álcool me parece ser uma boa opção.

Escovando os dentes olho através da parede de vidro que separa o banheiro do quarto e vejo a lua brilhante pela janela. "É, pelo menos não está chovendo" penso de modo otimista. Tiro meu telefone da bolsa colocando no silencioso e deixo carregando na bancada do banheiro para quando acordar.

Sinto meu corpo arrepiar com o vento vindo da porta entreaberta da varanda. Provavelmente me esqueci de fechá-la mas ignoro entrando debaixo das cobertas. Coloco meus óculos na mesa ao lado da cama e me pego cheirando a fronha um tanto agradecida, parece que após eu sair minha adorada mãe trocou a roupa de cama. E por fim me cubro até o pescoço para tapar toda minha falta de roupa.

É, eu sei que não devo dormir assim apenas com as roupas íntimas, mas se eu ousar a procurar algo agora eu me conheço, sei que perderei o sono e ficarei me revirando na cama lembrando-me de Henry e sua nova "garota". Aborrecida, cubro a cabeça fechando os olhos, enfio o braço por debaixo do travesseiro e adormeço em questão de segundos exausta graças a toda tequila que tomei.


...

Um som irritante e repetitivo me faz esticar a mão em direção a mesa de cabeceira, não me lembro de ter colocado o despertador para tocar. Desligo o rádio relógio irritante e me encolho na cama ainda de olhos fechados. Beber muito me dá preguiça e tudo o que menos quero agora é levantar junto com as galinhas, metaforicamente falando. Puxo o lençol cobrindo a cabeça em uma tentativa de me esconder da luz solar.

Viro-me na direção contrária da porta de vidro e tateio a cama em busca do outro travesseiro para por no meio das pernas como de costume, mas.. MAS QUE PORRA É ESSA? Um.. Um braço?

HO'OMAU - 12 Dias com você (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora