Capítulo 12 - Retorno

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A progressão do Bruno nos últimos dias foi tanta que acordo decidida a liberar seu retorno as quadras, o inserindo aos poucos junto do time.

Chego na cozinha de casa para tomar o café da manhã e encontro Murilo ali em pé, no balcão da pia, preparando o café.

— Bom dia irmãozinho — o abraço rapidamente, dando um beijinho em sua bochecha, e pegando a faca para cortar um pedaço do bolo de laranja que está em cima da mesa no centro da cozinha — tenho uma excelente novidade para te contar — coloco o bolo em um pratinho.

— E qual é? — Traz a garrafa com café e a coloca próxima do bolo, com as xícaras.

— Depois de muita procura, finalmente encontrei um apartamento para alugar próximo ao CT, não é incrível?! — Como um pouco de bolo, animada por finalmente ter um lugar para ficar que seja próximo do trabalho e eu não precise me deslocar tanto.

— Então você vai sair daqui?

— Vou, não está feliz por se ver livre da sua irmã mais nova? — Se eu não conhecesse tão bem Murilo, poderia dizer que ele não ficou contente com a minha mudança.

— Não acha melhor esperar um pouco mais? Você acabou de chegar, tem mais ou menos uma semana, nossos pais sentem sua falta, eu sinto sua falta — é quase um apelo — fica mais uns dias por aqui, pelo menos até a semana que vem — puxa a cadeira e se senta, servindo o café para ele e para mim.

— Eu também sinto falta de vocês, mas é muito cansativo pegar ônibus lotado quase todos os dias.

— Eu te levo e te busco, sem problema algum.

— Você realmente está se oferecendo para ser meu motorista particular? —Rio.

— Não exagera — ri — só não quero que se mude agora, fica mais um pouco — a insistência dele me dobra, e eu acabo concordando em ficar mais algum tempo aqui.

Afinal, alguns dias a mais podem ser até bons para organizar melhor a minha mudança.

Termino de tomar café com meu irmão e antes de sair, atualizo meu feed do Instagram, com uma foto minha.

Faz algum tempo que não posto nada, nem um mísero story, e depois de postar, logo guardo o celular na bolsa e saio com Murilo, que cumprindo sua palavra me leva até Saquarema.

Despeço-me dele, entrando no CT e indo direto para a minha sala.

Coloco a bolsa sobre a mesa e mexo nos papéis que estão organizados sobre esta, pegando todas as minhas anotações sobre o Bruno, mas antes de ir para a quadra, dou uma última olhada no celular.

Em meio a várias notificações do Instagram, uma me chama atenção: um comentário do Bruno.

Abro então a minha publicação, que fiz há menos de uma hora atrás, e para a minha surpresa, o levantador tinha respondido um dos comentários da minha foto.

Ao invés de deixar o próprio comentário, ele foi responder o dos outros.
    

     

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 Red Zone - Bruno Rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora