Perdemos o controle

1K 104 18
                                    

(play em hold on, escutem até o capítulo acabar)

___________________________________________________________________

10 horas depois...

Bogotá-Colômbia.

Narrador:

O frio noturno no parque recreio do Rio de Janeiro cooperava com a saudade de um corpo que agora fugia como louco pela Colômbia. O sangue que percorria o corpo da loira de alguma forma impulsionava a vontade de viver na mafiosa.

A sede de vida, a sede de afeto corroíam a alma da Loira que ansiava pelo corpo feminino amado e pelo afeto das filhas, pelo cuidado da família.

Mirella caminhava agora pelos corredores do bunker enquanto homens a seguiam.

Os cômodos pegavam fogo, apagando as evidências de existência da bela morena. Seus laços familiares eram cortados, números telefônicos apagados e celulares destruídos...

O testamento agora se tornava mais que oficial, as herdeiras Fernandez subiam ao pódio.

Uma de suas mães descansava no alto de uma colina, como desejou. Pediu uma vez a Mirella que se morresse primeiro, desse a ela a chance de ver o nascer e o por do sol todos os dias... já agora, a outra mãe apenas desejava e almejava vê-las outra vez.

Mirella só não podia ouvir Bragança sussurrar que a morena estava prestes a voltar para casa pois anjos como a ex esposa não podiam voar até o inferno com ela. (autora: mds que dor)

(...)

Stéfani analisava a mesma lua desejando que estivesse tudo bem onde quer que fosse que sua agora "família" estivesse.

Almoçava com sua família materna na área externa de casa e enquanto eles conversavam ela se perdia nos pensamentos de um futuro de volta dito breve por Mirella, mas que no fundo ele parecia tão irreal.

Tocou sobre o bracelete de ouro com rastreador em seu braço e respirou fundo.

"Nunca retire isso, é minha forma de estar com você."

Sorriu de canto e sentiu um aperto no peito.

Lipe:

- Mirella: Eu não quero perder o controle. - ela disse falho.

Meu peito ardia como chamas no inferno. E seus olhos castanhos marejados me faziam gritar pedindo que parasse.

- Lipe: Olha pra mim! - eu disse severo e ela me olhou chorosa. - Não vou deixar que destruam nossa família, está ouvindo?

Uma lágrima deslizou por seu rosto delicado e eu a

limpei com a delicadeza que merecia.

- Lipe: Não vou deixar que acabem com tudo! Vamos suborna-los.

- Mirella: Não vão aceitar, Lipe. - ela disse falho e por mais que aquilo fosse verdade eu me negava a acreditar.

Recusei escuta-la dizer que estava tudo bem e que coisas assim aconteciam.

- Mirella: Pode cuidar delas como cuidou de mim? - ela pediu paciente e eu com os olhos marejados recusei.

- Lipe: Você cuidará delas.

Ela sorriu de canto me abraçando forte e eu me senti uma figura paterna perdendo seu tempo, perdendo sua criação.

- Mirella: Leve elas ao parque no fim de semana e assista filmes bobos aos domingos... diga sempre a Beatriz que ela é linda e importante, ela já tem problemas com a autoestima. Ensine a Isabella que demonstrar amor nem sempre seja tão ruim... diga a elas que são livres para amar quem quiserem assim que como fui. Que são livres para tudo desde que estejam felizes e respeitem Bianca, Rafa e você.

La MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora