Preciso buscá-la

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Márcia:

Já estávamos quase chegando na Europa. Amanda dormia desajeitada enquanto Mirella tinha a cabeça deitada sobre as pernas de Tábata. Suas bochecha estavam rosadas e sua pele um pouco suada.

- Tábata: Precisamos chegar logo, ela está com febre. - a morena comentou aparentemente nervosa.

Ela parecia ter criado um laço com a irmã em poucos meses e aquilo era um tanto quanto desesperador.

- Márcia: Quando passou a se importar com ela?

- Tábata: Ela é minha irmã. - ela disse óbvia. - Só é um pouco deplorável e orgulhosa pra me aceitar, mas ainda é minha irmã.

(...)

Pousamos em uma área inóspita, onde tinha apenas uma casa simples no meio de uma fazenda. Esperaríamos ali até que um jatinho chegasse e nos levasse para a Ásia.

- Tábata: Preciso que peguem cobertores. - a Morena pediu enquanto levava a irmã nos braços.

Tábata a colocou cuidadosamente no chão. A casa parecia abandonada, era temporária apenas para esperarmos. O ambiente era dos avós paternos de Tábata, falecidos a alguns anos. Amanda correu pelo primeiro andar e eu subi para o segundo, não encontrei nada além de teias de aranha e mofo.

- Márcia: Não tem. - eu disse convicta e Amanda repetiu.

A Morena retirou o moletom que vestia e colocou sobre a irmã. Eu e Amanda retiramos as jaquetas de couro e fizemos o mesmo.

- Tábata: A temperatura dela está muito alta. - a morena reclamou em um tom nervoso. - Mirella... - ela chamou algumas vezes.

A loira olhou com dificuldade e Tábata começou a conversar, tentando mantê-la acordada. Começou a contar que já estávamos na Europa e que chegaríamos a China em breve.

- Mirella: Gosto dos seus olhos... - a Loira disse com os olhos marejados enquanto tentava se manter consciente.

- Tábata: Parecem com os seus... - ela disse com um sorriso gentil. - Vou cuidar de você, ok? - a morena mencionou enquanto Larissa fechava os olhos e uma lágrima escorria lentamente.

Seus dedos adentraram os cabelos loiros de Mirellla mesmo que eu tivesse a cabeça da loira deitada sobre minhas pernas. Tábata a olhava com carinho e proteção tremenda.

- Amanda Ela me falou sobre estar com a costela quebrada. - ela sugeriu como ponto principal da febre.

- Tábata: Então é simples, só preciso que ela aguente mais um pouco.

(...)

Tábata

Os lábios rosados de Mirella agora estavam sem cor. Seus machucados mais aparentes pela palidez. Sua febre havia diminuído um pouco e ela dormia tranquilamente enquanto eu a tinha nos braços. Nossa mãe havia ido em busca de algum remédio, pois eu me recordava de uma vizinha próxima quando vinha aqui com meu pai nas férias de verão. Só precisávamos ter sorte o suficiente de que ela ainda morasse aqui.

- Amanda: O jato chega em alguns minutos. - a colombiana avisou e eu assenti em silêncio.

Eu precisava olhar o ferimento de Mirella superficialmente por mais que ela dormisse tão bem em meus braços agora. Eu sentia muito, mas isso doeria... A movi e tentei retirar sua blusa, mas sua expressão e grunhido doloroso me fez estagnar. O tecido era um pouco grosso e graças a Deus eu tinha um canivete.

Havia uma enorme marca roxa e estava inchado. Toquei a região e não parecia ser coágulo ou algo do tipo. Então era apenas uma reação corporal normal.

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