Mirella Fernandez, dona da maior máfia da América latina. Após a morte de seu único amor, seu coração se fechou, sendo capaz de amar somente o que restou de sua paixão
Stéfani Bays, psicóloga, que em um passe de mágica vê sua vida virar de cabeça pr...
Uma taça de vinho tinto exposta sobre a mesa, em quantidade mínima já se encontrava. Stéfani digitava ao celular enquanto falava com a mãe, apesar de ser tarde, o fuso horário cooperava para a mais velha.
A morena se assustou quando ouviu um mínimo barulho vindo do segundo andar, olhou em volta porém não viu nada. A luminosidade da tela foi abaixando de acordo com o tempo em que a morena observava em volta... e então, lembrou-se de Mirella.
A menor subiu as escadas em passos ritmados até chegar ao segundo andar, e ao abrir a porta do quarto não encontrou a mafiosa na cama.
Stéfani:
- Stéfani: Amor? - chamei ao me aproximar da porta do banheiro e notar que estava fechada por tentar mover a maçaneta. - Abre pra mim, por favor.
Eu esperei por alguns minutos até que ela fizesse por vontade própria. Estava um pouco pálida e aparentemente havia vomitado.
- Stéfani: Tudo bem? - questionei ao receber apenas seu silêncio.
Ela assentiu milimetricamente e em seguida fechou os olhos encostando-se na porta.
(...)
Ela tomou banho e insistiu em vestir algo meu. Deitou na cama um pouco enjoada e sem falar absolutamente nada.
- Stéfani: Tem certeza que não precisamos ir ao hospital?
- Mirella: Imagina o tumulto que aconteceria se eu fosse ao hospital? - ela retrucou. - Estou bem, prometo que se piorar a gente vai.
- Stéfani: Vou acreditar em você. - me rendi.
Ela deitou no fim da cama, fechou os olhos e tentou voltar a dormir. Aparentava estar irritada... então a deixei em paz. A cobri com o edredom e deitei no outro canto da cama.
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Narrador:
Mirella não conseguiu dormir por mais que tentasse a todo custo. Sentia um desconforto imenso, e tentando amenizar isso, buscou abraçar a morena que deitada ao lado assistia algo na TV.
- Stéfani: Quer ao menos um remédio? - a morena questionou um pouco preocupada.
- Mirella: Eu estou bem.
- Stéfani: Bem quem está sou eu, Mirella. Você está péssima. Para de birra. - a loira disse séria.
- Mirella: Não briga comigo! - ela disse manhosa, com um tom de chateação.
- Stéfani: Desculpa. - a morena sussurrou ao sentir o corpo feminino buscar o seu cada vez mais.
(...)
Acabou que quase pela manhã tiveram que ir a emergência. Mirella foi diagnosticada com infecção alimentar e após receber instruções médicas teve de ficar por algumas horas. Na volta pra casa Stéfani comprou os remédio receitados e algo pra comerem em casa já que Mirella ainda estava meio pra baixo e ela estava sem a mínima coragem pra conseguir cozinhar algo.
- Stéfani: A gente não precisa ir para o Brasil amanhã.
- Mirella: A gente precisa ir para o Brasil amanhã. - ela rebateu.
Stéfani percebeu o quanto a loira era inquestionável quando estava doente e aquilo foi necessário para deixá-la dizer o que queria sem poder levar a sério.
Voltaram para casa e Mirella apenas subiu para o quarto. Stéfani abriu a caixa de mensagens do aparelho telefônico da loira e havia apenas uma mensagem da irmã dizendo que já estava indo para Minnesota com as gêmeas.
- Mirella: Posso usar seu moletom? - a loira questionou ao ver a morena entrar no quarto.
- Stéfani: Não precisa pedir. - respondeu paciente e recebeu um beijo rápido em menção de "obrigada".
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- Mirella: Desculpa por estar sendo insuportável. - ela disse séria. - Pode ficar aqui comigo?- questionou ao ver a morena colocar a mão sobre a maçaneta para sair enquanto ainda atenciosa tinha o celular como foco.
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- Stéfani: Preciso resolver algumas coisas em Amsterdã depois que sairmos do Brasil. - a morena mentiu enquanto caminhava em direção a cama, após desligar o aparelho.
- Mirella: O que? - questionou confusa, curiosa.
- Stéfani: A gente saiu de lá sem planejamento, preciso pegar algumas coisas na faculdade. - inventou.
- Mirella: Posso pedir que alguém pegue, se quiser. - sugeriu.
- Stéfani: Não... só eu posso pegar, e... preciso resolver as últimas documentações pra "trancar" a faculdade de italiano.
- Mirella: Quer que eu vá com você? - questionou deitando se no peito da morena.
- Stéfani: Não precisa, eu volto rápido. Prometo, meu bem. - sorriu de canto, deixando um beijo na cabeça da loira.
- Mirella: Sabe que se quiser continuar as aulas de italiano em Minnesota, basta dizer. - disse tímida por não querer se impor demais.
- Stéfani: Não quero que pague nada pra mim, se é isso que está querendo fazer. - respondeu paciente.
- Mirella: Vai continuar com isso até quando? - a loira ergueu o rosto.
A morena se manteve em silêncio.
- Mirella: Não estou te pedindo pra depender de mim, só quero fazer algo por você. - a loira disse explicativa. - Também sei que você é capaz de pagar o que quiser sozinha.
- Stéfani: Eu não quero voltar a fazer italiano. - ela recusou. - Aquilo foi meio que um impulso que me ajudava a te tirar da mente, e agora eu te tenho aqui. Posso pensar em fazer italiano outra hora, agora só quero ficar com você... será que dá pra gente calar a boca e só ficar aqui?
- Mirella: Senta aqui... - a loira sorriu de canto ao mesmo tempo em levava a menor para seu colo.
Stéfani deitou a cabeça entre a curva do seu pescoço e o ombro. As unhas de Mirella arranharam suas costas em um carinho lento...
- Mirella: Sua madrugada foi intensa, desculpa. Obrigada por cuidar de mim.
- Stéfani: Eu vou cuidar de você sempre, só estou exausta agora... - sussurrou e Mirella sorriu outra vez a abraçando.
