Em breve, Los Angeles.

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48h depois...

Stéfani:

Os dias se passaram consideravelmente rápido, e mesmo que eu ajudasse Mirella em basicamente tudo, não me sentia cansada. Neste exato momento eu me encontrava na sala do diretor do hospital, juntamente de Mirella, e os cirurgiões que atuaram no quadro médico dela.

-Ashley: As inflamações foram consideravelmente reduzidas e isso é um avanço benéfico. Entretanto, isso é superficial. - a mulher explicava o passo a passo da cicatrização e o motivo de um longo tempo de cuidado. - É de suma importância que você tenha cuidado com a região ferida. Quando ocorre um corte na pele, por exemplo, a camada mais superficial e fina demora entre 7 a 10 dias pra obter um fechamento. Porém quando o quadro é mais agravante, como o seu, a epiderme leva até 28 dias, sequencialmente a derme que atua como camada mais profunda, tem um período extenso, que pode chegar ate 6 meses.

Mirella escutava tudo aquilo como se já não soubesse. Evidentemente ela vinha fugindo da morte a muitos anos, e conhecia bem os períodos difíceis do ferimento, como quando aconteceu com Madelaine. Ou em outras ocasiões não tão severas como essas. Não dá pra viver numa vida criminosa e nunca se machucar, isso era claro.

-Ashley: Quanto a higienização da área até que retire os pontos, será com produtos antissépticos. - ela dizia enquanto receitava algo.

(...)

Mirella já caminhava bem melhor, e já não precisava da minha ajuda pra fazer isso. Ao adentramos o elevador ela segurou minha mão e pude sentir o quanto estava gelada. Já era quase noite em Miami e a temperatura era baixa.

- Stéfani: Está com frio? - questionei apoiando a cabeça em seu ombro enquanto aguardávamos chegar ao andar que sairíamos

- Mirella: Um pouco. - ela respondeu baixo, deixando um beijo na minha cabeça.

Seus dedos se entrelaçaram aos meus e eu respirei fundo por alguns segundos. Era bom ver que ela estava se recuperando rápido.

- Mirella: Podemos ir pra Los Angeles durante a madrugada? aí podemos chegar durante a manhã. - ela questionou assim que as portas metálicas se abriram para o andar principal do hospital.

- Stéfani: Podemos. Vou pedir ao Joe que faça isso. - respondi. Mirella havia feito ligação com meus pais a algumas horas atrás, ambos brincaram em chamada e conversaram sobre como ela estava. Mirella fez piada com a situação e até perdeu aquele mau humor qual havia acordado.

Caminhávamos ainda de mãos dadas até o carro, e não estarmos sendo seguidas por paparazzis naquele momento foi quase que perfeito. Entramos no carro e ela permaneceu em silêncio por um tempo, seu olhar não estava vago, só estava disperso e cansado. Uma de suas mãos repousou sobre a minha coxa assim que liguei o veículo.

Mirella:

Enquanto Stéfani dirigia, podíamos ver a movimentação extrema que Miami tinha nas avenidas. As iluminações urbanas fortes devido à enorme quantidade de prédios. O pôr do sol estava quase em seu fim, o mar azul agora passava a ficar visivelmente escuro os faróis de carro eram os pontos mais notórios aquele horário.

- Mirella: Esse lugar é estressante. - relatei assim que ela parou no semáforo.

- Stéfani: Los Angeles é estressante. - ela mencionou ao olhar pra mim, e ambas concordávamos com isso.

Los Angeles não era um lugar calmo, era barulhento e cheio de vaidade. As ruas permaneciam movimentadas não importava o horário, as baladas estavam sempre cheias e o trânsito era escandalosamente sufocante. Isso era entendível pela área da cidade abranger praias e montanhas. Los Angeles era famosa pela indústria do cinema e pelas fabulosas celebridades que ali habitavam. Eu a via como negativo pelo meu passado entre Las Vegas e Los Angeles, quais não foram tão adoráveis em meu ponto perceptível depois de um tempo. Entretanto, o lugar também tinha suas qualidades, entre elas a beleza e a alergia exalada incomparável.

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