Adeus, E Até Breve! ✰

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— Certo. Ao invés de praia parece que teremos um belo chá da tarde com a sua mãe que, diga-se de passagem, me odeia, e com a sua ex namorada sem noção. Vai ser uma tarde maravilhosa.

— Liv, eu já disse que vou resolver isso, vou me livrar das duas e então nós partimos, tudo bem?

— Taylor, olha pra lá. — Ela virou a cabeça dele para a cozinha onde Eleanor ajeitava a mesa com as xícaras e talheres mais elegantes do armário dele e de canto de olho, Pamella fingia não observar enquanto Livia e Taylor cochichavam ainda parados no hall de entrada. — Parece pra você que elas vão simplesmente te atender quando você pedir que elas saiam?

Ele deu um suspiro frustrado, olhou para o teto e depois para Livia de novo.

— Eu posso pelo menos tentar.

— Boa sorte. — Disse ela pegando a bolsa de viagem e se dirigindo à escada sendo seguida por Taylor. — De qualquer forma você não pode colocar sua mãe pra fora da sua casa. E só pra você saber, é melhor essas duas não me provocarem hoje. — Ela falava e gesticulava sussurrando num tom irritado e cutucando o peito dele. — Era pra eu estar a caminho de um passeio romântico com meu namorado e agora vou ter que ficar aqui tomando chá com as duas mulheres que querem me apagar da história do planeta Terra. — Livia parou com um pé no primeiro degrau da escada, ergueu o queixo e as sobrancelhas olhando altiva para ele e segurando o corrimão. — Eu consigo lidar com isso, só não posso prometer que dessa vez eu vou me comportar.

— Liv... o que você quer dizer com isso?

Ela empinou ainda mais o nariz, deu as costas e começou a subir.

— Liv, espera aí... volta aqui... aonde está indo?

— Vou trocar de roupa, me preparar pra guerra... essas coisas.

Taylor meneou a cabeça apertando os lábios.

Ele inspirou fundo e rumou para a cozinha arrastando os pés como se fosse para a forca.

— Finalmente, meu filho. — Eleanor se aproximou dele e abraçou Taylor. — Achei que aquela menina não te soltaria mais.

— Mãe, Livia não é uma menina e eu agradeceria muito, muito mesmo se conseguisse tratá-la melhor dessa vez.

— Eu nunca a tratei mal.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Oh, pare com isso, eu sou apenas sincera.

— A senhora quer me explicar o que significa isso? — Disse ele apontando para Pamella. — O que a senhora faz com ela? Por que a trouxe aqui? Isso não faz sentido algum pra mim, mãe, a senhora sabe que Livia está aqui comigo.

— Eu estou bem ao seu lado, estou te ouvindo, Harry. — Pamella se aproximou e parou ao lado dos dois segurando algumas colheres de chá. — Não culpe Eleanor, eu só quis fazer companhia pra sua mãe. Quando ela me convidou pra vir com ela até sua casa não vi problema algum e achei interessante rever você e conversarmos, talvez até sermos amigos novamente.

— Viu só, meu filho, não é nada de mais. É só uma simples visita e uma tentativa sincera de Pamella em se acertar com você. Eu aprovaria com muita alegria que vocês dois voltassem a andar juntos, a ser amigos novamente. — Eleanor deu uma piscada para Pamella e se afastou voltando a ajeitar a mesa.

— Ela só está errada em uma coisa. — Disse Pamella baixinho e se aproximando dele. — Não estou aqui apenas pra recuperar sua amizade.

— O que quer que você tenha em mente, não me interessa. — Sussurrou Taylor dando um passo para trás e olhando para ela com uma repulsa que ele nem imaginava que estava ali guardada dentro dele por tanto tempo. — Acho doentio você estar em minha casa agindo como se nada tivesse acontecido. Isso não é normal. Só não te convidei a se retirar ainda por respeito à minha mãe.

ALGUÉM COMO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora