Você Me Chamou... Eu Vim ✰

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"Parece que vou ter que tirar você do meu caminho. Depois... ela é minha."

Taylor desligou o telefone de Livia, mas ficou encarando o aparelho.

Seu estômago estava embrulhado.

Tentava digerir o que tinha acabado de ouvir.

Olhou para Livia ainda dormindo no sofá. Se perguntou se ela sabia sobre aquilo e se estava escondendo dele que vinha recebendo ligações anônimas.

Ele abriu o histórico de ligações e viu outra chamada não identificada, só que não havia sido atendida. Pela data e a hora da ligação Taylor deduziu que Livia pode ter pensado que era ele ligando por isso não atendeu e se sua teoria estivesse certa, ela ainda não fazia ideia de que aquilo estava acontecendo. Se ela soubesse, não teria atendido a ligação e caído no sono. Taylor a conhecia muito bem, provavelmente Livia teria brigado e discutido com quem quer que estivesse do outro lado até que a pessoa se revelasse.

Ele pensou em guardar o telefone de volta na bolsa de Livia, mas ao invés disso colocou em seu bolso. Depois se aproximou, se inclinou sobre um joelho, ajeitou Livia e a pegou no colo. A cabeça dela se encaixou em seu pescoço e ele paralisou por um momento. Ela era tão leve, tão pequena e frágil, se acomodava tão bem ali daquele jeito em seus braços. Ele sorriu. Se alguém lhe perguntasse ele diria que aquela era uma das melhores sensações que já tinha sentido. Tinha a mulher que amava nos braços, protegida de tudo, naquele momento nada podia tocá-la, nada podia machucar Livia. Ele encostou os lábios na testa dela e ficou assim, parado por um instante, deixando que aquele cheiro que tanto amava o fizesse acreditar que ao contrário do que ela havia dito, se ficassem juntos eles podiam tudo contra qualquer um que tentasse separá-los.

Taylor subiu a escada com cuidado, colocou Livia na cama e a cobriu. Ela se remexeu, ele ficou apreensivo esperando que ela não acordasse, mas logo ela se aquietou. Ele roubou um beijo rápido dos lábios dela, apagou a luz do quarto e saiu.

Ainda no corredor e ignorando a hora, tirou seu celular do bolso e ligou para Hunter.

Não demorou pra que o segurança aparecesse e os dois foram para o escritório.

— Não há dúvidas de que se trata de uma ameaça, Taylor. — Disse Hunter.

— Eu sei. O que quero saber é o que vamos fazer, que medidas vamos tomar pra proteger Livia.

— Essa pessoa tem ligado para ela, mas também ameaçou você. Então a pergunta certa é o que vamos fazer pra proteger vocês dois.

Taylor andava inquieto pela sala com os pensamentos distantes e concordou com Hunter.

— Obviamente vamos reforçar a segurança. — Afirmou Hunter.

— O problema é que Livia está, como posso dizer, em uma fase complicada. Você sabe, depois do que houve na Áustria ela está furiosa e não acho que ela vai aceitar voltar pra cá.

— Talvez consiga fazê-la entender que é necessário voltar.

— Essa é a parte mais difícil. — Desabafou Taylor. — Acho que ela vai ter que decidir por si mesma se quer voltar.

— Eu posso fazer o meu trabalho mesmo que ela esteja em outro lugar. Mas o ideal seria que ela estivesse aqui. Ela teria a sua companhia e o sistema de segurança da casa seria outra maneira de ficarmos atentos.

Taylor colocou a mão na cintura, esfregando o queixo preocupado e Hunter colocou a mão no ombro dele.

— Vocês vão ficar bem, Taylor. A senhorita Miller pode ser um pouco... teimosa, mas ela sempre acaba fazendo a coisa certa.

ALGUÉM COMO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora