Capítulo 11

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S/n Grimes

Estávamos seguindo o mapa que Abraham deixou com o meu pai, era uma longa caminhada. Encontramos dois carros no meio da estrada, mas a gasolina de um deles não demorou muito para acabar.

Pelo menos conseguimos chegar em Atlanta.

É, a cidade bombardeada.

Já tinha anoitecido e os zumbis estavam começando a encher a cidade, então decidimos passar a noite em um prédio que a Carol disse conhecer.

O lugar parecia totalmente vazio e seguro de zumbis. Carol conhecia bem o lugar, pois nos guiou até uma sala cheia de beliches. Ela caminhava na frente com Daryl, enquanto eu ia atrás dos dois com Carl, o resto nos seguiam lá atrás.

Papai estava evitando ficar muito próximo de mim, e, sinceramente, não estou pensando muito nisso. Quero encontrar o meu melhor amigo, depois me preocupo com a minha relação com o meu pai.

— Você trabalhava aqui ou algo parecido? - Daryl perguntou para a melhor amiga, enquanto fazíamos uma rápida analisada no lugar.

— Algo parecido. - a mulher respondeu como se não desse muita importância.

— Que lugar é esse? - Daryl perguntou confuso e curioso, olhando em volta com sua lanterna.

— Um abrigo temporário. - Carol falou.

— Vieram pra cá? - perguntou o caçador, deixando a mulher um pouco desconfortável.

— Sim, mas não ficamos. - ela disse, não muito interessada no assunto. — Podem dormir, eu vigio primeiro.

— O lugar é bem fechado. - disse Daryl, tirando sua jaqueta com o colete de asas.

— Eu sei, mas vou ficar de vigia mesmo assim. - disse a mulher. — Não ligo.

— Você que sabe. - o caçador deu de ombros.

— Tyreese, Sasha, Gabriel e Michonne podem ficar com as beliches da outra sala. - papai falou, se aproximando de nós. — Tem outra sala logo ali, Carl e S/n vão dormir lá. Daryl e Carol ficam com essa beliche.

Como sempre, Rick Grimes dava as ordens.

— E você? - Daryl perguntou para o meu pai.

— Vou ficar de vigia com a Carol. - ele respondeu, entregando Judith para o meu irmão.

— Não precisa. - a mulher se apressou em dizer, parada perto de uma grande janela.

— Eu fico de vigia com ela. - digo, largando a mochila que eu carregava no chão.

Não deixei ninguém tentar me impedir, simplesmente peguei um rifle e parei ao lado da mais velha. Pude ouvir meu pai respirar fundo e depois sair com os outros da sala onde estávamos, deixando apenas eu, Carol e Daryl ali.

— Vem dormir, eu fico aí com a Carol. - Daryl veio até nós, tentando pegar a arma que eu segurava.

— Parem de me dar ordens! - peço impaciente, empurrando levemente o homem.

Eu não queria ter falado daquela maneira, mas foi automático. Sei que ele não tem culpa das merdas que eu fiz ou das coisas que o meu pai falou, mas eu realmente estou de saco cheio das pessoas me tratando como uma criança.

— Tudo bem. - o caçador levantou as mãos em forma de rendição e nos deu as costas, se jogando na cama de baixo da beliche.

Era um prédio alto, tínhamos uma boa vista da cidade dali. Carol não tentou puxar assunto, ela nem parecia se importar com a minha presença. A mulher apenas encarava os mortos se rastejando pela cidade como se nada mais a abalasse.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora