Capítulo 16

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S/n Grimes

Quando vimos o desconhecido entrando no celeiro entre Maggie e Sasha, levantamos em um pulo e colocamos as nossas armas em punho.

— Encontramos ele sozinho lá fora. - disse Maggie, enquanto Daryl revistava o homem. — Pegamos a arma e as coisas dele.

— Oi. - disse o homem, aparentemente assustado.

No mesmo instante, Judith começou a chorar. Ela estava com fome, e não tínhamos nada para dar a ela. Única coisa que pude fazer foi tirar ela dos braços do meu pai e ir para um outro canto junto com o Carl.

— É um prazer conhecer vocês. - Aaron tentou vir até meu pai, mas foi parado por mais armas apontadas para ele.

— Disse que ele tinha uma arma? - papai relembrou, olhando para Maggie.

A mulher foi até meu pai e lhe entregou a arma que tirou do desconhecido, a mesma que papai guardou em sua cintura depois de verificar quanto tinha de munição.

— Precisa de alguma coisa? - meu pai pergunto para o homem.

— Ele tem um acampamento aqui perto. - Sasha respondeu por ele. — Quer que a gente faça um teste pra virarmos membros.

— Eu queria que tivesse outra palavra. Teste faz parecer que somos um grupo de dança. - Aaron riu de nervoso. — Isso é coisa de sexta à noite.

Papai guardou sua arma no coldre e ficou olhando para o desconhecido, enquanto os outros continuavam com suas armas levantadas.

— E não é um acampamento. É uma comunidade. - ele deixou claro. — Acho que todos vocês seriam valiosos lá. Mas a decisão não é minha. A minha tarefa é convencer vocês a virem comigo.

Não vou mentir, ele parecia inofensivo. O problema é que nós já demos de cara com muitas pessoas "inofensivas" por aí.

— Eu sei. Se eu fosse vocês também não iria. Não até saber aonde eu estaria me metendo. - disse compreensivo, disfarçando o medo. — Sasha, pode dar minha mochila pro Rick?

Sem dizer nada, Sasha foi até meu pai e lhe entregou a mochila do homem.

— No bolso da frente tem um envelope. - Aaron falou, enquanto meu pai mexia em sua bolsa. — Não tem como convencer vocês a virem comigo só falando da nossa comunidade. É por isso que eu trouxe isso.

Curiosa, parei atrás do meu pai e o observei pegar o tal envelope. Lá dentro tinha algumas fotos, fotos incríveis de uma comunidade murada e com muitas casas. Tinha fotos de placas solares, plantações e muito mais.

— Peço desculpas pela qualidade das fotos. - disse o homem. — Achamos...

— Ninguém dá a mínima. - Daryl o calou, fazendo o desconhecido olhar brevemente para ele.

— Você está absolutamente certo. - Aaron concordou, voltando a olhar para o meu pai. — Essa é a primeira foto que eu queria mostrar, porque nada que dissermos sobre a nossa comunidade vai importar se não se sentirem seguros.

Era a foto dos muros, muros altos e aparentemente resistentes.

— Se vocês se juntarem a nós, estarão seguros. - continuou o homem, ele estava mesmo dedicado a nos levar para essa comunidade. — Cada painel naquele muro é uma estrutura de aço com quase cinco metros de altura e quatro de largura. Montada com barras e tubos de aço bem reforçados. Nada vivo ou morto passa pra dentro sem a nossa permissão.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora