Capítulo 41

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S/n Grimes

Momentos antes de tudo dar errado...

— Qual nome podemos dar ao bebê? - pergunto, caminhando pela mata ao lado do caçador.

— Não acha que ainda é muito cedo pra pensar nisso? - Daryl perguntou.

— Eu só estou meio ansiosa, sabe? - confesso. — Nervosa também.

— Fica tranquila. - ele alisou minhas costas, sorrindo fraco para mim. — Você vai ser uma ótima mãe.

— E você, um ótimo pai. - retribuo seu sorriso.

— Norman. - falou de repente.

— Como? - franzi o cenho confusa.

— O nome do bebê. - respondeu. — Norman Dixon.

— E se não for um menino? - indago.

— Vai ser. - ele disse com total certeza. — Minha intuição diz isso.

— Sua intuição pode estar errada. - digo.

— A intuição de um caçador nunca falha. - disse Daryl com um sorriso convencido nos lábios.

— E eu não vou abrir mão do meu sobrenome. - deixo claro.

— Não quer ser chamada de S/n Dixon? - ele perguntou com um ar brincalhão, mas com um pouco de decepção também.

— S/n Grimes Dixon. - eu disse. — Fica legal, né?

— Posso aceitar isso. - deu de ombros, me fazendo rir.

Perto dos trilhos, vimos o carro que eu e os outros viemos estacionado no mesmo lugar que deixamos. Aquilo era estranho, eles já deviam ter chegado e voltado para Alexandria. Eu e o Daryl pegamos o caminho mais longo, não tem como a gente ter chegado primeiro que eles.

— Tem alguma coisa errada. - digo, sentindo um aperto estranho no peito.

— Quer fazer o caminho deles de novo? - Daryl perguntou, tentando me deixar mais tranquila.

— Seria bom. - falei. — Eles podem ter tido alguma problema no caminho.

Assim fizemos, voltamos para a floresta e refizemos os passos do Glenn, da Rosita e da Michonne. No meio da trilha de pegadas, notamos que mais alguém andou por ali.

— Eles estão com problemas. - começo a me desesperar.

— Não sabemos disso. - Daryl se manteve calmo.

— Não precisa saber rastrear pra ver que houve uma briga aqui. - aponto para o chão, onde as pegadas tinham começado a ficar confusas. — Eles brigaram. Alguém pode ter levado eles.

— Tem mais pegadas pra lá. - o caçador veio até mim. — Vamos segui-las e achar os outros, tá bom?

— Obrigada. - sussurro, sentido seus braços fortes me abraçarem. — Você tá muito carinhoso. Devo estranhar?

— Deve ficar quieta. - me empurrou com cuidado, sorrindo disfarçadamente. — Vamos logo!

Seguimos os rastros até chegarmos em um pequeno acampamento, onde avistamos Glenn, Michonne e Rosita presos e amordaçados perto das árvores.

Meu coração gelou quando vi aquilo, mas permaneci com a minha arma em punho e os passos leves bem ao lado do caçador.

Mesmo amordaçado, Glenn tentou gritar. Ele tentou nos avisar algo, mas fomos pegos de surpresa mesmo assim.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora