Capítulo 19

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S/n Grimes

Pela manhã, eu, Carol, meu pai e Daryl nos encontramos na floresta e tramamos um plano para pegar algumas armas do arsenal.

— Entraremos quando estiver vazio. - dizia Carol.

— Mas como? - meu pai perguntou. — O arsenal fica fechado de noite.

— A janela só tem uma tranca. Posso deixá-la aberta. - disse a mulher.

— E se um deles fechar? - Daryl a questionou.

— Esperamos uns dias e deixamos aberta de novo. - Carol respondeu, como se já tivesse o plano todo em mente há muito tempo.

— Nós temos que fazer isso logo. - disse meu pai. — Eles não estão vigiando a gente agora. Não estão preocupados com reuniões como essa. Talvez a gente precise de armas, talvez não.

— Precisaremos. - Carol rebateu. — Seja como for.

— São as pessoas mais sortudas que eu já conheci. - papai falou. — E continuam dando sorte.

— É difícil acreditar que aqueles muros resistiram esse tempo todo. - comento.

— Tem dois armários cheios de armas 9 milímetros automáticas. Rugers, Kel-Tecs... tudo jogado lá. - disse Carol. — Eles não as usam, nem vão saber que sumiram.

— Alguém tá com uma agora, não tá? - Daryl olhou para um monte de entulho perto de uma casa.

Antes de entrarmos na comunidade, papai escondeu uma arma por preocupação. Ele voltou esses dias e a arma não estava mais ali, o que significa que alguém a pegou.

— Os outros, queremos que eles temem. - papai falou. — Não vamos falar nada. Isso fica aqui.

— Agora nós podemos cuidar daquele zumbi? - aponto para o morto que saiu de trás das árvores.

— Deixe comigo. - o caçador colocou sua besta em punho e se aproximou um pouco do zumbi, mas foi parado por Carol.

A mulher tirou uma arma da cintura e deu vários tiros no peito do zumbi, até finalmente acertá-lo na cabeça.

— Falamos que eu ia praticar com a pistola, não posso voltar com o pente cheio. - ela explicou, dando de ombros.

— Que bom que ele apareceu. - disse Daryl, indo até o zumbi. — O que é isso aqui?

— Isso o quê? - me aproximo do homem, vendo um W marcado na testa do andarilho.

Papai também encarou o cadáver por um tempo, achando aquilo estranho, mas depois levantou e voltou para Alexandria.

O caçador continuou na floresta, disse que ia caçar. Sinceramente, estou preocupada com ele.

Daryl ainda se sente deslocado, se recusa a interagir com os outros e não larga aquela besta por nada. Ele nem tomou banho ainda.

Quando voltamos para Alexandria, eu e meu pai fomos nos encontrar com Deanna, Michonne e Maggie. Eu só fui atrás porque não tinha mais nada para fazer. Não vejo o Aiden desde o que rolou na floresta, muito menos o Nicholas. Acho que ele não está mais a fim de nos ter em seu grupo.

— Vão proteger e servir. - Deanna falava. — Vão patrulhar, checar os muros, ficar de olho nas crianças... Se tiver algum problema, vocês resolvem. E as pessoas vão escutar vocês.

— Por que estamos usado jaquetas? - Michonne a questionou.

— Porque elas acreditam nisso. Porque falei pra acreditarem. - a mais velha respondeu. — Um policial morava aqui, então tínhamos as jaquetas. E eu queria tornar oficial. Então, é oficial. Vai ter um governo aqui um dia, é por isso que quero que a Maggie trabalhe comigo. - olhou para a mulher ao seu lado, que sorriu agradecida. — Vai ter uma força policial, por isso quis que começasse com vocês dois. - voltou a olhar para o meu pai e a Michonne. — E vejo uma comunidade vibrante aqui. Indústria, comércio e civilização. Vida de verdade. Pode ser com cavalos e moinhos, mas... O que foi? - franziu o cenho para meu pai, que não parecia muito de acordo com aquilo. — Parece que estou viajando?

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora