Capítulo 54

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S/n Grimes

Comecei apertando meus seios, arfando quando puxei levemente o bico do esquerdo. Desci uma das mãos pela minha barriga, circulando o meu umbigo, chegando cada vez mais perto da minha intimidade.

Eu ainda não estava molhada, então levei dois dedos até a boca e os molhei com a minha saliva. Voltei para a minha intimidade e passei os dedos molhados pelo meu centro, arqueando as costas ao sentir aquela pequena onda de prazer.

Meus dedos deslizaram lentamente para dentro do meu sexo, que agora começava a ficar cada vez mais lubrificado.

Quando Negan tomou conta dos meus pensamentos de novo, eu não recuei, foquei em afastá-lo e trouxe a imagem do meu ignorante caçador. Passei a imaginar seu corpo em cima do meu, seu membro me penetrando e seus lábios deixando beijos molhados pelo meu pescoço. Minha intimidade ficou encharcada, o que facilitou a entrada e saída dos meus dedos.

Com os olhos fechados, eu continuava imaginando o Daryl me penetrando com mais intensidade. Automaticamente, meus movimentos ficaram mais altos e os gemidos que saíam da minha boca começaram a ficar quase impossíveis de serem abafados.

— Daryl... - gemi, apertando meu seio enquanto arqueava mais as costas.

Imaginei a voz rouca e falhada do Daryl sussurrando em meu ouvido, me chamando de pequena, falando coisas sujas enquanto me fodia com força.

Eu o desejava. Queria que seus dedos estivessem dentro de mim, não os meus. Eu queria que seu membro grande e ereto me fizesse chegar ao limite com apenas algumas estocadas.

Os xingamentos, os gemidos abafados e os toques. As posições, os tapas e os puxões de cabelo... Eu queria sentir tudo aquilo de novo.

Eu apenas queria senti-lo...

Queria me deitar novamente com o Daryl, sem me sentir forçada a isso.

Eu gemia descontroladamente, sem me importar com as pessoas que pudessem passar por ali e me ouvir. Meus dedos me penetravam com mais facilidade e rapidez, fazendo todo meu corpo queimar.

Aquilo ainda era estranho, mas também era bom. Me tocar sem sentir vergonha do meu corpo ou medo de fazer algo errado, livre para me preocupar apenas comigo.

Isso era inexplicável.

Sozinha naquele quarto, enquanto me tocava e gemia o nome do Daryl, não havia dor ou preocupações. Não havia nada ali que pudesse me tirar o foco, ou simplesmente me intimidar.

Eu estava no controle.

Aquela situação era minha.

Gemi mais alto ao atingir o meu orgasmo, tirando os dedos do meu interior, caindo deitada na cama enquanto ria. Eu me aconcheguei nos lençóis bagunçados e comecei a rir satisfeita, orgulhosa de mim mesma por ter conseguido fazer algo tão... comum, e estranho ao mesmo tempo.

Aquilo podia parecer algo simples ou bobo, mas foi importante para mim.

Me tocar, fechar os olhos e conseguir me concentrar em algo que não fosse os Salvadores, aquilo sim era libertador.

Não se tratava de uma simples masturbação feminina, o que todas faziam antes e depois do apocalipse, se tratava também de um avanço, uma vitória.

Talvez ninguém nunca entenda o que esse momento significou para mim, mas eu entendo, e eu acho que o Daryl também. Então, para mim, isso basta.

Depois de um banho relaxante, me joguei de novo na cama e fiquei sorrindo para a janela, vendo a noite cair. Até que finalmente o Daryl chegou.

— Eu consegui! - digo animada, sorrindo com os olhos sobre o homem.

— Eu sei. Te ouvi atrás da porta. - ele sorriu de volta, vindo até mim.

— Tarado! - bati em seu peito, deitando na cama com o seu corpo sobre o meu. — Você quer que eu... Sei lá...! Faça algo por você? - pergunto nervosa, depois que nos separamos de um rápido beijo.

— Não esquenta com isso, pequena. - ele saiu de cima de mim, tirando a calça e a camisa. — Eu já dei um jeito lá no banheiro.

— Cada dia que eu passo com você, a minha mente fica mais suja. - arranco mais uma risada abafada do caçador, o vendo deitar ao meu lado.

Ele me fez algumas perguntas, eu tentei me livrar de algumas por causa da vergonha, mas Daryl pode ser muito insistente sempre quando quer.

Antes de dormir, percebi que realmente já experimentamos muitas coisas juntos. Daryl esteve comigo em todos os momentos, não só no sexo, mas na vida. Nos momentos bons e nos ruins, ele estava lá... ele está lá.

Daryl e eu já enfrentamos muitas coisas, passamos por coisas terríveis e fizemos coisas ainda piores, mas acabamos juntos mesmo assim. A minha única expectativa agora é que possamos passar por mais coisas juntos.

Ainda quero experimentar muitas outras coisas com ele, apenas com ele.

•••

Não sei vocês, mas eu estou amando isso! 🥰👀

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora