Capítulo 61

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S/n Grimes

Na estrada, eu, Daryl e meu pai perseguíamos um jipe. O caçador e eu íamos na frente de moto, enquanto papai seguia a gente de carro.

Estávamos em uma velocidade alta, eu apertava a cintura de Daryl e via a moto chegar cada vez mais perto do carro com dois Salvadores. Passei a me segurar no homem com apenas uma mão, usando a outra para sacar a pistola que estava na barra da sua calça.

A parte traseira do veículo a nossa frente foi aberta e um homem com uma metralhadora começou a atirar na gente. Para desviar dos tiros, Daryl saiu da estrada e a moto derrapou.

Caímos em cima da grama, vendo meu pai ainda na cola daqueles Salvadores.

— Você tá bem? - Daryl praticamente deitou em cima de mim, procurando qualquer mínimo ferimento em meu corpo.

— Calma aí. Eu estou bem. - o empurro com cuidado, tirando seu corpo pesado de cima do meu.

— Temos que voltar pra estrada. - ele disse, levantando novamente a moto.

Eu também fiquei de pé e fui até ele, subindo na garupa da sua motocicleta. Em poucos minutos nós já estávamos atrás do carro do meu pai, eu deixei de agarrar o caçador e passei a segurar meu rifle com firmeza.

O carro do meu pai começou a fumaçar e ele também teve que tirar o carro da estrada, mas eu e Daryl estávamos bem atrás. Com o dedo no gatilho, eu consegui acertar o desgraçado atrás da metralhadora.

De alguma forma, o carro em que meu pai estava ainda funcionava. Vimos ele pular para o veículo dos Salvadores e acabamos ficando para trás, desviando de alguns zumbis.

Recuperamos a velocidade quando vimos o carro daqueles Salvadores sair da estrada e despencar. Encostamos a moto e bem dizer pulamos dela, dando de cara com o carro capotado ali em baixo.

— Pai! - grito, começando a ficar desesperada.

— E aí? - respirei aliviada ao ouvir a voz máscula e conhecida, vendo meu pai se rastejar pelo chão para conseguir subir aquele pequeno morro.

Daryl o ajudou a ficar de pé e nós três continuamos parados ali, observando o carro, ouvindo apenas a respiração ofegante do meu pai.

— Conseguimos as armas. - ele disse.

— Você tá horrível. - Daryl comentou, sem olhar muito para o homem ao seu lado.

— Vamos ver se aquele cretino ainda tá vivo. - papai falou, caminhando pelo estrada até chegar no Salvador que jogou para fora do carro.

O homem tinha um ferimento na barriga, uma facada. Ele gemia de dor, pressionando o lugar de onde saia tanto sangue.

— O seu pessoal na fábrica de produtos químicos, vocês venceram? - perguntou meu pai, apontando sua arma para o cara jogado no chão.

Aquele Salvador, aquele homem, aquele carro e o seu amigo, eles estavam no posto que Carol e Ezekiel foram escalados para combater. Se eles fugiram, precisávamos saber se os nossos amigos também conseguiram.

— Ninguém ganhou. - ele disse, ainda deitado no chão, se virando para nós.

— O que você quer dizer? - foi a vez de Daryl perguntar, preocupado com a amiga.

O homem não respondeu, apenas começou a tossir e se contorcer de dor. Impaciente, Daryl pisou em seu peito e apontou novamente uma pistola para a cabeça do homem.

— O que você quer dizer? - repetiu sua pergunta.

— Estão todos mortos. - o Salvador disse com a voz arrastada.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora