Capítulo 37

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S/n Grimes

— Droga! - o caçador resmungou, saindo de cima de mim. — Desculpa.

— Ér... Tudo bem... - suspirei meio constrangida. — Isso é normal, não é?

— Eu acho que sim. - ele esfregou o rosto nas mãos. — Só não... funciona, sabe?

— O que tá te preocupando? - pergunto.

— Nada. - respirou fundo, olhando para o teto.

— Tem algo de errado com você. Eu sei disso. - olho para ele. — Eu não tô dizendo isso porque seu pau que não levantou. É que, isso nunca aconteceu antes. Acho que você tá tenso. Ou só não quer transar comigo. - me encolho debaixo das cobertas

— Não é isso. Você é perfeita. - ele se apressou em dizer, subindo novamente em cima do meu corpo, acariciando minha bochecha com seu polegar. — Não consigo parar de pensar no seu pai e nas coisas que ele disse naquele dia. - se explicou.

— É sério? Fica pensando no meu pai quando tá deitado comigo? - faço uma careta. — Cara, isso é muito estranho.

— Você não entende. - respirou fundo de novo. — Desde aquele dia que eu terminei com você...

— O que foi desnecessário. - o interrompo.

— Desde aquele dia, eu venho pensando em você. Eu penso em... você sabe! - deitou novamente ao meu lado, evitando olhar para mim. — Eu vejo você nua, escuto seus gemidos. Eu até... Eu até me masturbei algumas vezes pensando em você.

— Tá falando sério? - ri alto. — Ai meu Deus! Eu devia me sentir honrada?

— Eu tô falando sério, S/n. - Daryl me repreendeu com o olhar, me fazendo comprimir os lábios.

— Se você pensa em mim desse jeito, e essa imagem te excita, por que não consegue transar comigo? - pergunto com um olhar sério e meio confuso.

— Tocar em você de novo faz eu me sentir culpado... nojento. - ele confessou.

— Nojento? - juntei as sobrancelhas com um olhar estranho sobre o homem.

— Me sinto um velho tarado. - ele disse.

— Puta merda! - ri alto.

— Para de rir. - me repreendeu outra vez, agora, um pouco mais envergonhado. — Tô tentando ter uma conversa séria com você.

— Saiba que você é o velhinho mais gente boa que eu já conheci. - tiro sarro dele.

— Idiota! - sorriu disfarçadamente, sentando na beira da cama.

— Desculpa, papai. - paro de joelhos atrás dele, o abraçando pelas costas.

— Não me chame assim. - disse sério.

— Por quê? Não é você mesmo que gosta de dizer que tem idade pra ser meu pai? - o questiono. — Por que não vem aqui e me mostra suas regras, ãhn? - sussurro em seu ouvido.

— S/n... - murmurou com os olhos fechados e os ombros um pouco tensos.

— Eu prometo que vou ser uma garota obediente. A menos que você queira que eu seja má. - continuo sussurrando, mordendo levemente o lóbulo da sua orelha. — Você quer que eu seja má, papai?

— S/n, não é certo...

— Para de falar que isso não é certo. Eu estou pouco me fudendo. - digo impaciente. — Tá preocupado com o que os outros vão pensar? Então, foda-se você também.

Daryl olhou para mim e não disse nada, apenas me ouviu com atenção.

— Você é um covarde. - eu disse entre os dentes, bem perto do seu rosto. — Quer ficar comigo, mas tem medo. Tem medo do que as pessoas vão pensar. Você tem medo do que vão dizer quando nos virem juntos. Sabe o que eu penso sobre isso? Nada, porque eu não me importo. Se os outros quiserem falar, que falem.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora