Capítulo 73

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2 meses depois...

S/n Grimes Dixon

— Bom dia. - digo sorridente, saindo de dentro da minha barraca.

— Sua blusa tá pelo avesso. - Rosita informou com um sorriso disfarçado, quase em um sussurro.

— Merda! - resmunguei, entrando novamente na barraca.

Arrumei minha blusa e saí outra vez, vendo Daryl rir ao lado de Rosita. Revirei os olhos e me distanciei dos dois, logo depois de deixar um selinho nos lábios levemente inchados do meu caçador.

— De onde vocês tiram tanta energia? - perguntou Rosita, vindo atrás de mim.

— Certas coisas é melhor você nem ficar sabendo. - foi tudo que eu disse, rindo baixinho com a careta que ela fez.

Foi decidido que a ponte será mesmo reconstruída. Montamos um acampamento no meio da floresta, reunimos pessoas de todas as comunidades e estamos trabalhando duro desde o primeiro dia.

Hoje é o 35º dia de trabalho, e fica cada vez mais cansativo. Estamos indo bem, a ponte já está quase pronta, mas ainda assim eu desejo voltar para minha casa.

Hilltop está trazendo suprimentos constantemente, em troca do acordo que fizemos com a Maggie. Os Salvadores vêm fazendo a maior parte do trabalho, mesmo com o meu pai convencendo muitos dos nossos a se esforçarem mais.

O Santuário leva o combustível para Hilltop, nós não ficamos com fome e falta pouco para a ponte ficar pronta. Todos saem ganhando.

Parte do pessoal do Reino voltará para casa amanhã de manhã, incluindo Ezekiel e o Henry, mas Carol irá ficar. A mulher está mesmo liderando os Salvadores, e mesmo não admitindo, Daryl está mais aliviado.

Ser o líder daqueles assassinos é uma merda, é perigoso. A Carol sabe disso e escolheu liderá-los mesmo assim. Saber que a rainha agora comanda o Santuário deixa todos menos preocupados.

Pelo menos por enquanto.

— Oi. - cumprimentei meu pai, passando a caminhar ao lado dele.

— Oi. - ele olhou para mim e sorriu de canto, acariciando meu ombro. — Dormiu bem?

— Sim, sim! - abri um sorriso um pouco largo demais, lembrando da noite passada.

— Bom dia. - Eugene se juntou a nós com suas anotações em mãos. — Em relação ao nosso dique improvisado rio acima, com a taxa atual de escoamento da primavera, eu diria que a data de vencimento deles será em 69 dias. - começou a explicar, tendo total atenção do meu pai. — Depois disso, nosso dique vai pro beleléu.

— Em quanto tempo podemos fazer os suportes? - papai perguntou.

— Em 69 dias, mas se aumentar a força de trabalho com boa liderança acabamos antes. - o homem respondeu.

— Ótimo. Eu vou falar com o capataz. - disse meu pai, concordando com a cabeça. — Acelera isso aí.

— Os batedores voltaram. - Rosita se aproximou, enquanto Eugene ficava mais atrás. — O bando Horatio vai passar por nós bem perto.

— Temos uma contagem? - perguntou meu pai.

— Cento e poucos. - respondeu a mulher, o deixando em silêncio. — O que foi? Vamos adiantar a explosão?

— Não. - ele negou, parando no meio do caminho com as mãos na cintura. — Temos que esperar pra juntar com aquele outro bando.

— O bando Margaret. - digo.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora