Love in chaos II - Daryl Dixon

Capítulo 70

18 meses depois...

S/n Grimes Dixon

— "Se você iluminar apenas as suas imperfeições, todas as suas qualidades estarão na sombra." - eu lia uma parte do livro em minhas mãos, deitada no peito nu e suado de Daryl.

Estamos no Santuário agora, mantendo a ordem por aqui. Daryl está tomando conta de tudo, cuidando dos Salvadores, sendo o líder deles. Ele odeia isso, e eu também. Papai insiste em dizer que não somos como o Negan, que estamos aqui apenas para ajudar e organizar as coisas, mas sabemos que não é bem assim.

Estar nesse inferno de novo é horrível, eu mal consigo dormir desde que viemos para cá. Eu não queria ter vindo, mas agora sou uma Dixon. Não posso, e nem vou, deixar meu marido sozinho. Eu não deixei ele antes, não vou deixá-lo agora.

— É bom saber que você tá gostando da biblioteca daqui. - disse o caçador, acariciando levemente o meu cabelo com a ponta dos dedos.

— Por quanto tempo vamos ficar? - pergunto, deixando o livro de lado enquanto olhava para o teto.

— Logo vamos embora. - ele garantiu.

— Você diz isso há semanas. - resmungo.

— Eu já disse que você pode ir. Não precisa ficar aqui só por minha causa. - falou pela centésima vez desde que chegamos. — Pode voltar pra Alexandria. Eu vou ficar bem.

— Acha mesmo que eu te deixaria aqui sozinho com essas Salvadoras oferecidas? - brinco, ouvindo a risada rouca do caçador.

— Esses momentos com você é o que tá me ajudando a não sair do controle. - Daryl me abraçou com força, beijando o meu pescoço. — Se eu ainda não quebrei a cara de alguém, foi graças a você.

— Isso é tão sexy. - ri alto, me virando para ele, sem sair do seu abraço apertado.

— Temos que sair. A gente vai fazer uma limpa naquele museu, lembra? - informou, me fazendo bufar.

— Prefiro ficar aqui, você não? - me aconchego mais em seus braços.

— É muito tentador, mas realmente precisamos ir. - ele riu baixinho, tentando sair da cama.

— Qual é, Daryl? Prefere pegar umas sementes do que passar o dia todo na cama comigo? - coloco minha perna em cima da sua cintura, impedindo que ele saísse.

— Não se preocupe, pequena. - beijou a minha testa, levantando meu rosto para que pudesse me olhar nos olhos. — Temos muito tempo pra matar todas essas suas vontades pervertidas.

— Daryl... - continuei resmungando, me esfregando nele.

— Não faz isso, S/n. - pediu com a voz rouca e os olhos fechados, sentindo a minha intimidade pressionando seu membro, ambos descobertos

— Isso o quê? - me faço de inocente.

— Não fique me provocando, não vai rolar. - Daryl apertou a minha coxa e ficou por cima, a centímetros do meu rosto. — Nós vamos sair e depois eu prometo que vou te comer do jeito que você quiser.

— Não acredito em promessas, mas vou acreditar nessa. - sorri travessa, acabando com a distância entre nós.

Antes que o beijo ficasse mais quente, Daryl saiu de cima de mim e foi até o banheiro. Jogada na cama eu respirei fundo e o segui, insistindo para que ficássemos.

— Vai ser rápido. - ele disse, debaixo do chuveiro com os olhos fechados e o cabelo cheio de shampoo. — Vamos pegar o que tivermos que pegar e depois voltamos.