Love in chaos II - Daryl Dixon

Capítulo 33

S/n Grimes

Voltamos para Alexandria e nos reunimos com todos os moradores na igreja. A comida que trouxemos daria para mais um mês, mas tínhamos que resolver outros assuntos.

— Podemos trabalhar com Hilltop. - papai dizia na frente de todos, que o ouviam com atenção. — A Maggie arrumou um acordo. Teremos comida. Ovos, manteiga, legumes frescos... Mas eles não vão dar de graça. Esses Salvadores quase mataram a Sasha, o Daryl e o Abraham na estrada. E cedo ou tarde eles podem achar a gente, como o grupo dos Lobos acharam, como Jesus achou. Eles podem matar alguém, ou alguns de nós, e depois tentarão nos dominar. E aí, nesse tipo de luta, sem comida, sem nada, nós podemos perder. É o único jeito de termos certeza, a maior certeza possível, vencendo. E temos que vencer. Se fizermos isso pra Hilltop, nós vamos manter este lugar. É como como teremos comida pra gente.

Papai estava em pé no altar, enquanto Jesus estava sentado no canto perto dele. As pessoas pareciam confusas, um pouco assustadas, mas acho que entendiam a gravidade da situação.

Todos nós entendíamos.

— Isso precisa ser uma decisão do grupo. Se alguém for contra, agora é a hora de falar. - continuou, olhando para todos nós.

Ninguém protestou, todos ficaram em silêncio. Menos o Morgan, ele tinha que intervir.

— Tem certeza disso? - o homem perguntou ao levantar do seu banco. — Podemos vencer?

— O que esse grupo fez, o que aprendemos, o que nos tornamos, todos nós. Sim, tenho certeza. - papai respondeu.

— Então nós só temos que falar isso pra eles. - disse Morgan, me fazendo rir um pouco alto demais.

— Claro! - concordo de forma sarcástica. — Por que também não levamos uns cookies da Carol? Acho que assim eles se comovem e nos dão uma morte mais rápida. - fecho a cara novamente.

— Eles não querem meio termo. - meu pai disse por cima, evitando que eu abrisse novamente a boca.

— Não é meio termo. - Morgan continuou rebatendo. — Daremos a escolha. É uma saída, pra eles ou pra nós.

— Eu não sei esse pessoal, mas se alguém viesse com um papo como esse, eu com certeza mataria sem pensar duas vezes. - atraio os olhares novamente. — Está mais do que claro que essas pessoas não querem conversar. Eles espancaram um adolescente até a morte, o que mais você acha que eles já fizeram ou são capazes de fazer? Eu não sei, e nem quero descobrir.

— Se tentarmos falar com eles, perdemos a vantagem, a nossa segurança. - papai falou depois de mim, deixando Morgan um pouco impaciente. — Não, temos que ir atrás deles antes que eles venham atrás de nós. Nós não podemos deixar eles vivos.

— Onde existe vida, existe possibilidades. - disse Morgan.

— Que droga você usou? - pergunto com o cenho franzido, sendo repreendida pelo olhar do Glenn.

— Não estamos presos nisso. - o homem do bastão falou. — Nenhum de vocês está preso nisso. - olhou em volta.

— Morgan, eles sempre voltam. - papai tentou manter a calma, tentar fazer o velho amigo entender a real situação.

— E voltam quando estão mortos também. - rebateu.

— Vamos impedi-los. Já fizemos isso antes. - meu pai garantiu.

— Eu não tô falando dos zumbis. - Morgan disse por fim, olhando seriamente para o meu pai.

— O Morgan quer falar com eles primeiro. Eu acho que isso seria um erro, mas não cabe a mim decidir. - papai voltou a olhar para os outros. — Eu vou falar com as pessoas que ainda estão em casa. Vou discutir isso com quem está de guarda agora também, mas quem mais quer ir até os Salvadores pra falar com eles? Alguém?