Capítulo 38

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S/n Grimes

Eu estava deitada no peito de Daryl, ouvindo as batidas do seu coração. O caçador fazia carinho na raiz do meu cabelo, acariciando também meu braço que abraçava sua cintura.

— Promete não terminar comigo de novo? - pergunto baixinho.

— Prometo. - ele respondeu sério, deixando um beijo no topo da minha cabeça.

— Vai cumprir essa promessa? - perguntei meio insegura.

— Vou. - sua voz soou firme de novo. — Pode acreditar em mim.

— Não sei se posso mesmo. - confesso.

— Como? - seus dedos pararam de me acariciar.

— A Bárbara. - digo. — Mentiu sobre ela.

— Fiquei com medo de te contar a verdade. - ele explicou. — Mas depois eu contei. Eu juro que eu contei a verdade. - disse um pouco nervoso.

— Por que teria medo? - o questiono. — Disse que ela te beijou, não o contrário.

— S/n, se quiser eu me ajoelho e beijo seus pés. Tudo pra você acreditar em mim. - Daryl falou, me fazendo olhar para ele com um sorriso travesso. — Eu tava brincando. - disse, vendo o sorriso em meus lábios crescer. — Já me ajoelhei pra você hoje.

— Ajoelhe de novo. - digo simples. — Anda!

— O que eu não faço por você, não é mesmo? - sorriu disfarçadamente, ficando de joelhos na cama.

— O que você não faz pra manter isso que você tem entre as pernas. - corrijo. — Que por sinal, nem tá funcionando direito. Deve ser a idade chegando.

— Não vai parar de me zoar por isso, né? - suspirou frustado.

— Zuar? - franzi o cenho. — Claro que não! - digo sarcástica.

Daryl negou com a cabeça e riu de novo, tirando meu pé direito de dentro da coberta. O caçador beijou carinhosamente meu pé e depois deitou ao meu lado, me puxando novamente para o seu peito.

— Daryl, eu preciso te falar uma coisa. - eu disse nervosa. — Na verdade eu não preciso. Poderia esconder isso do mesmo jeito que você ia esconder o beijo com a Bárbara, mas eu não sou uma mentirosa como você, então...

— Eu não sou...

— Eu e a Rosita transamos. - digo, antes que ele retrucasse comigo.

— O quê? - perguntou um pouco alto demais, olhando para mim com os olhos arregalados.

— Ela tava triste, eu também. Aí ela ficou com raiva, e eu também fiquei. Daí ela me beijou e eu deixei as coisas continuarem. - explico, olhando para ele de um jeito simples.

— E você gostou? - Daryl perguntou, ainda tentando digerir aquilo.

— Muito. - fui sincera, fazendo o homem respirar fundo. — Que foi? Já disse que não sou uma mentirosa.

— Mas ainda gosta de mim, né? - eu podia sentir o nervosismo e a insegurança em sua voz. — Digo, de homens.

— Claro que gosto, Daryl. - sorri fraco. — Caso contrário, eu não estaria aqui.

— Mas você também gosta de mulheres? - ele estava confuso, e eu confesso que estava achando aquilo engraçado. — Não que isso seja um problema. Você pode gostar do que quiser, mas... Ainda quer ficar comigo?

— Eu não sei do que eu gosto. Aquilo foi bom e meio confuso também. - me afasto um pouco dele e deito ao seu lado com a barriga para cima, olhando fixamente para o teto. — Mas eu sei que quero ficar com você. - volto a encará-lo.

Love in chaos II - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora