Um acontecimento, um trauma, uma pessoa responsável por toda a mudança na vida de Park Jimin. Nunca mais vai ser a mesma coisa, jimin nunca mais será o mesmo, todo o amor deu lugar a uma vingança, um objetivo? MATAR o assassino de sua família. Um ob...
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Terça, 23 de junho, 2020.
New York, Estados Unidos.
Diferente do dia mais marcante da vida de Jimin, esse 23 de junho não tinha o mesmo clima como naquela manhã. Hoje o ótimo dia foi trocado por um céu nublado e chuvas finas, um clima um pouco mais frio, entretanto mesmo com o tempo fresco as mãos de Jimin não paravam de suar, apenas em pensar que hoje, no dia de seu aniversário, no dia do aniversário de morte de seus pais, Park Jimin, antigo Kang Hye, irá conhecer seu principal alvo, seu sogro, a pessoa que destruiu qualquer chance dele ser uma criança normal.
— Feliz aniversário, senhor Park Jimin. — logo de manhã Jeon acordou Jimin com um pequeno bolo, mas não recebeu mais do que um leve resmungo.
— Não gosto de aniversários Jungkook. — resmungou cobrindo sua cabeça com o lençol.
— Que pena, eu gosto e fim de papo. Levanta daí que hoje você vai dormir lá em casa e eu quero que vá mais cedo comigo. — foi como uma palavra-chave, em segundos Jimin abriu os olhos e se sentou na cama segurando o pequeno bolo que Jeon tinha em mãos.
— Red Valvet? Como soube? — surpreso ele indagou observando o alimento em suas mãos.
— Red Valvet é o bolo mais ‘sexy’ que conheço, me remeteu a você tão rápido quanto a velocidade da luz. — deixou um beijo em seus lábios. — me diga, o que você costuma fazer em seu aniversário? — perguntou.
— Ou eu trabalho, ou fico em casa assistindo um ótimo filme de ação. — proferiu se deliciando com seu doce preferido.
— Certo, não vamos fazer isso. Me diga algo que você queria fazer muito, mas nunca pode? — Jimin pensou um pouco e não chegou a uma conclusão que simplesmente não acabasse com sua missão, então apenas disse algo que ele sempre fazia em seu aniversário, mas que não podia falar para Jungkook como se fosse experiente.
— Atirar. — confuso o mais novo o olhou. — Sabe aqueles estandes de tiro onde as pessoas descontam toda a sua raiva com a vida? Eu nunca fui, mas céus eu penso em ir toda vez, mas nunca tenho coragem. — um sorriso ladino cresceu na face do moreno e ele beijou novamente os lábios do mais velho antes de se levantar da cama.
— Então prepare-se amor, porque farei com que realize esse sonho e todos os outros que possam vir. — Park gostava de como Jungkook era em certas situações, quando o conheceu poderia jurar que o mais novo era a cópia do pai, mas Jeon tem uma linda dualidade, ele consegue ser para outras pessoas um cara mais fechado e digno de um babaca e quando você enxerga seu interior ver que ainda é um garoto querendo chamar atenção, um garoto bom que só quer os melhores sentimentos que a vida pode lhe propor.
Já no local que Jimin escolheu, um lugar diferente do habitual para não levantar suspeitas.
— certo, essa é uma 38, há oito balas aí, não fique nervoso, segure a arma com força e mire o máximo que conseguir. — explicava o mais novo, observe como eu irei fazer. — segurou a arma apontando para o alvo e sem hesitar atirou, não tendo um bom resultado, tendo em vista que ele faz parte de uma grande marfia de drogas.
Sua mão no gatilho estava um pouco frouxa, seus braços mal esticados, ele mirou completamente errado e acertou o alvo por pura sorte, além disso, quase que o recuo da arma não atingiu seu nariz.
— Certo, vamos ver. — Jimin então pegou o 38 sentindo o peso dele, não tão pesado tendo em vista o seu mais novo rifle de estimação. Atrás de seu corpo Jeon ajeitava Jimin que apenas segue suas instruções mesmo que estivessem quase estourando os miolos dele por acabar com sua postura perfeita.
— Respire fundo e atire. — falou em seu ouvido e Park sentiu-se mais perdido do que estava antes, vendo seus pêlos arrepiarem. Contou até três e na mesma posição que Jungkook o deixou ele atirou e por pouco não se machucou com a posição errada que o mais novo o colocou. — não foi tão ruim. — proferiu Jeon e Park olhou o resultado, foi péssimo.
— Sabe como eu via nos filmes, dessa forma aqui. — recarregou a arma, pôs-se em sua posição inicial tendo sua segunda tentativa e de propósito errou um alvo antes do ponto principal. — se você fosse péssimo na cama como é atirando eu estava perdido. — brincou guardando a arma.
— Foi apenas sorte de principiante. Eu não lido com armas no meu trabalho, mas sei usá-las quando necessário. — comentou.
— Você nunca me falou com o que trabalha, é tão misterioso quanto eu Jeon Jungkook. Sei que é herdeiro de uma empresa, estagiário mas não sei mais nada além disso. — disse enquanto brincava com as balas soltas em cima do balcão.
— Um dia eu te levo para conhecer. — olhou para seu relógio um pouco desconfortável com o assunto. — tenho que fazer algo bem rápido no trabalho, te levarei para a minha casa e você pode me esperar lá? — perguntou e o menor concordou.
Dirigindo pelas ruas de New York, não conseguia segurar sua ansiedade em entrar no local que vigia a anos. Jeon olhando a situação interpretou como o típico nervosismo de conhecer a família do namorado e estava se divertindo com aquilo, também estava ansioso para Jimin conhecer sua família, seu pai, seus amigos, seus tios. Era estranho como o fato de Jungkook sentir tanta confiança em Jimin, sentir que poderia confiar sua vida a ele, mesmo tentando ser um pouco mais racional com isso ele sentia em seu coração, porém o mais seguro era demonstrar que não. Parado em frente a fachada Jeon fez menção para entrar, mas parou ao ver que Jimin não deu nem um passo.
— Relaxa baby. — Deixou um selar em sua bochecha apenas para mostrar que estava ali e que nada iria acontecer, mas Jimin estava em desespero em saber que esperou tanto para entrar naquele lugar, planejou tanto e agora estava entrando pela porta da frente como um convidado vip, logo no dia 23 de junho, aquele dia estava prestes a ficar ainda melhor.
