Sexta, 30 de outubro, 2020
Kentucky, Estados Unidos
O coração do loiro estava acelerado, como nunca esteve antes, as batidas estavam fortes e ele se sentia um pouco ofegante, ele imaginou que não o veria nunca mais, porém ali estava ele em sua frente, com os olhos frios e magoados, ele se culpava pela morte do pai, isso estava evidente o pouco que Jimin viu.
Com a confusão Park conseguiu sair sem ter um confronto direto com ninguém, sua missão estava feita de qualquer forma e logo pela manhã ele estaria seguindo para o aeroporto.
Ao atravessar a rua ele tirou o pano da moto e quanto estava prestes a subir ouviu o grito grave de Jungkook.
— Peguei você. — proferiu e Jimin virou para ele dando de cara com o cano da arma apontado para si. O mais novo segurava a mesma com às duas mãos que mesmo assim tremiam feito vara verde.
— O que está esperando? Mate-me, atire. Se ficará bem com isso, faça. — incentivou ainda segurando a sua nas mãos.
— Não fale o que devo fazer, como se fosse meu... — parou.
— Seu pai? Não, não sou ele Jungkook, seu pai está morto. É por isso que está aqui, por isso esta arma está apontada para mim. Acredite já passei por muita coisa, isso não vai me assustar Jungkook, porque se você não atirar, eu vou, mas não vou matá-lo. Eu devo isso a você. — disse Jimin.
— Você me devia muita coisa Jimin, me devia muito, eu te amei, te coloquei dentro da...
— Céus atire logo, e pare de falar, sei o que fiz Jeon, não precisa repetir, ao menos acabe logo com isso antes que eu perca a minha paciência e faça você encontrar seu pai antes da hora. — aumentou o tom de voz, percebendo haver machucado ainda mais o seu ex.
Jimin acreditou que ele não apertaria o gatilho, mas se surpreendeu quando o mesmo apertou, só não aconteceu o que ele esperava já que sua arma estava travada e com o nervosismo ele nem ao menos pensou nisso. Antes que o mais novo repetisse o ataque, Jimin ergueu sua mão esquerda atirando na arma do moreno, que a largou no susto.
Alguns segundos depois a arma de Jeon estava em posse de Park que seguiu para a moto sem preocupação até sentir o ataque do maior. Em um ato de defesa não calculada, o corpo de Jimin saiu e a lâmina de reforço que estava em sua mão atingiu o rosto mais novo antes de ter seu corpo lançado contra a parede.
Jungkook colocou as mãos no rosto para sentir o corte, e esse foi a brecha para que a moto fosse ligada e Jimin saísse de lá em alta velocidade para seu hotel.
Não foi a intenção machucá-lo, Park mal viu onde cortou, pode ter deixado o mesmo cego ou desfigurado, seu corpo agiu por impulso. O loiro não faria nem um mal a mais, não machucaria Jungkook. Sua cabeça o lembrava dos olhos magoados do moreno, havia tanta mágoa, e onde havia mágoa, tinha decepção e amor. Isso o destruiu a ponto de quase fazê-lo derrapar, mas por sorte conseguiu chegar até o hotel onde o guincho esperava para buscar sua moto e levá-la para seu próximo destino.
Todas as palavras proferidas a Jungkook foram propositais, a dor é insuportável quando acompanhada da decepção e amor, por isso Park achou melhor que ele fosse odiado por quem ama para evitar que o mesmo sofresse por amor. De todas as formas, ele mostrou a Jungkook o monstro que ele era, o lado que ele queria esconder e agora os dois estavam mais quebrados que nunca.
[...]
Sábado, 1 de janeiro, 2022
Santorini, Grécia
Seu último trabalho nos Estados Unidos ainda dava o que falar, a morte de Jared causou um período de tensão naquela região do Kentucky, mas depois de um ano tudo se resolveu. Os pedidos que recebia nos Estados Unidos ficaram escassos, na verdade, os poucos que apareciam eram recusados por Jimin, ele tirou um tempo de férias dos EUA
Naquele momento ele estava observando a bela paisagem de sua janela, em um lugar muito privilegiado e caro, Jimin passava seu ano novo sozinho, depois um longo tempo ele aprendeu a se adaptar, a dor quase não aparecia mais, ele focou em se divertir, criar curtas histórias de romance em cada país que visitou, mas sua cabeça ainda lembrava de um coreano de olhos escuros e sorriso de Coelho que o odiava mais-que-tudo nessa vida.
O pouco que Jimin ficou sabendo de Jungkook foi a seis meses atrás quando ficou sabendo que o mesmo estava na Itália em um negócio com a máfia siciliana e que ele havia se tornado o quinto mais procurado do FBI. Sua fortaleza foi vendida por milhões e ele morava em outro lugar onde ninguém sabia onde era.
Mesmo a contragosto Jungkook se tornou maior do que o pai dele foi, elevou o nível de seus negócios lícitos e ilícitos e hoje em dia ele se preparou para qualquer luta corpo a corpo e pelas notícias suas mortes sempre foram certeiras mesmo que poucas.
Parece que Jungkook ainda não havia esquecido o assassino de seu pai, já que por um bom tempo procurou por Jimin em todo canto dos Estados Unidos, seguindo muitas pistas falsas. Jimin era invisível de fato, ele não trabalhou onde dizia haver trabalhado, muito menos estudou naquele lugar, era como uma pessoa que não tivesse existido. Ninguém o conhecia, tirando alguns poucos casos de uma noite que mal lembravam de Jimin.
Jungkook parecia obcecado em encontrar o loiro na intenção de se vingar; frio e impiedoso. Quem olhava imaginava que ainda era vontade de reatar o relacionamento, mas os rumores quanto a isso pararam quando Jungkook assumiu seu relacionamento com Noah Cavill.
Agora, Jimin estava aproveitando sua piscina individual quando recebeu uma ligação de trabalho.
— Alma Negra falando. — proferiu. — Nome, País, e alvo. — sua voz era distorcida na ligação, para que ninguém o reconhecesse.
— Jeon Jungkook, Estados Unidos, Park Jimin.
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Vermelho Sangue - Jikook
FanficUm acontecimento, um trauma, uma pessoa responsável por toda a mudança na vida de Park Jimin. Nunca mais vai ser a mesma coisa, jimin nunca mais será o mesmo, todo o amor deu lugar a uma vingança, um objetivo? MATAR o assassino de sua família. Um ob...