☠Eleven☠

1.8K 293 41
                                    

Terça, 23 de junho, 2020

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Terça, 23 de junho, 2020.

New York, Estados Unidos.

— Você não sabe o quanto está lindo. — sussurrava Jeon no ouvido do mais velho a todo momento, os dois estavam sentados no sofá conversando com seus amigos, mas Jimin estava mais interessado em sua conversa privada com Jungkook. 

— Você falou isso tem cinco minutos, gracinha — respondeu Jimin. — eu tenho a plena noção do quão gato estou, não é isso que gosta em mim? O fato de eu saber exatamente o que quero e o que sou ? - sorriu de lado tocando o queixo de Jungkook. 

— Isso e todos os outros defeitos e qualidades querido. Você é a pessoa mais linda que tive o prazer de ter em minha cama. — comentou. Com a ponta dos dentes ele mordeu o lábio inferior de Jimin levemente apenas para provocar o mais velho. 

— Será que devo acreditar? Pelo que eu saiba a maioria das pessoas que estão aqui hoje já passaram por sua cama querido. — proferiu Jimin um tanto desgostoso. 

— Sim, e você ainda continua em primeiro lugar. Sabe como as coisas são, ficam entre amigos. — brincou. — vai me dizer que não achou eles interessantes? — perguntou malicioso.

— Sim, Jungkook, são tão sensuais e bonitos mas eu não quero pensar sobre isso agora. — se levantou e sentou no colo de frente para Jungkook que sorriu ao ver Jimin tão perto de si. — temos realmente que ficar aqui? — indagou provocando Jeon com mordidas nos lábios até finalmente selar seus lábios com um beijo carregado de química e desejo. 

— Temos gracinha, mas não por muito tempo, pelo menos até conhecer meu pai. — respondeu depois do beijo de tirar o fôlego apontando para a direção onde uma quantidade de seguranças estavam. — Seu sogro gosta de uma entrada triunfal, não se importe. — avisou. "Sim, ele gosta, ainda mais quando envolve tiros para todos os lados como presente." Pensou Jimin com uma quantidade de álcool considerável para não fazer besteira ou terminar com tudo ali. 

Com a ajuda de Jungkook ele se levantou e caminhou até a nuvem engravatada que estava do outro lado do terraço, as mãos de Jimin estavam começando a suar, sorte sua era que Jungkook o segurava pela cintura como se mostrasse sua posse sobre ele. Park teve que ser revistado antes de passar por todos aqueles seguranças até encontrar o homem que estava totalmente relaxado conversando com uma garota enquanto fumava um charuto. 

— Pai... Esse é o... — sem deixá-lo falar o mais velho disse. 

— Park Jimin, 25 anos ou algo assim, graduado e hum? Órfão. — respondeu com um leve tom de deboche o que arrancou quase  a paciência de Jimin fora. 

— É um prazer conhecê-lo. — respondeu Jimin educado. 

— Um prazer. — o olhou de cima a baixo. — um grande prazer. — sua voz grossa arrepiou o loiro, mas não de uma forma boa, ele lembrou de como seu pai era amigo dele, como aquela voz soou familiar e como ele teve sorte de ser uma criança desconhecida pelas pessoas que apertaram o gatilho. O olhar de seu sogro ultrapassou um certo limite, o mesmo o olhou de cima a baixo sem esconder sua curiosidade. 

— Jeongsu, nem pense em fazer isso. — Jungkook o repreendeu aparentemente essa não era a primeira vez e pela cara de seu pai não seria a última. 

— aceita uma taça de champanhe Jimin? — ofereceu. 

— Prefiro algo mais forte. — Park respondeu segurando a mão de Jungkook para tranquiliza-lo. — Vocês se parecem, tem o mesmo nariz. — reparou Jimin. 

— Você é um bom observador Park, posso lhe chamar de Park? Soa de forma mais sensual. Já lhe disseram isso antes? — perguntou, o mais velho estava flertando sem nem se importar com o filho ali. 

— Acredito que não, mas sim, chame do que quiser. — respondeu mantendo o tom educado. Então notando o corpo enrijecido de Jungkook ele o olhou sorrindo para tranquiliza-lo. 

— Pode pegar uma bebida para mim vida? — pediu, o corpo de Jungkook relaxou porque eram raros os momentos em que Jimin era assim tão carinhoso, seu namorado conseguiu diminuir sua insegurança perante seu pai. 

— Então Jimin, soube que trabalha com tecnologia, o que achou do nosso sistema de segurança? — Perguntou. 

— Bom eu desconheço dessa ‘interface’, é muito recente, mas é linda de fato, acredito que seja a mais avançada do mercado. — Park não mentiu era difícil quebrar uma segurança como aquela, eram muitas armadilhas, como em um campo minado. 

— Soube que está desempregado, mas adquiriu uma moto bem cara recentemente. — eles estavam investigando bem mais profundo do que pensava. 

— Tenho minhas economias senhor, eu ganhava muito bem com o meu antigo trabalho e gosto de viver minha vida simples por isso economizei bastante. Aliás, já fiz alguns trabalhos especiais, se é que me entende. — soltou um rápido sorriso ladino e viu seu namorado se aproximar. 

— Bom já conheceu meu pai agora é melhor voltarmos para o pessoal. — o tirou de la. 

— Tem certeza? Será que eu não vou conseguir dançar com você está noite? Você disse que realizaria todos os meus desejos meu amor. — Park queria aliviar o estresse que estava tendo ao perceber que seu sogro era ainda mais nojento do que pensava, queria colocar sua cabeça no lugar sem transparecer o incômodo, quanto mais tempo ficar com os amigos de Jungkook mais eles irão procurar um erro e provavelmente vão achar, estava com uma quantidade significativa de álcool em seu sangue para mentir de forma tão convincente como tem feito ultimamente. 

Como um bom namorado Jungkook atendeu o pedido do companheiro afastando de si os copos que estavam com os dois para poder segurar sua mão com uma delicadeza que Jimin nunca sentiu antes, contudo, essa delicadeza não durou muito, segundos depois Jimin sentiu o quanto a mão de Jungkook era pesada o que intensificava sua pegada. Colando os corpos, deixando que o queixo de Jimin fosse ao encontro de seu pescoço e mostrando seu carinho com um beijo na cabeça do mais velho. A música não condizia como a forma que os dois estavam dançando, a batida eletrônica não tinha nada a ver com a lentidão dos passos dos dois apenas aproveitando a companhia um do outro, Jimin não estava fingindo, nem ele mesmo estava percebendo o que os outros mais distantes constataram. Havia algo muito forte entre eles, algo crescente, estava no início, talvez nenhum dos dois queira confessar ou nem mesmo perceberam, mas o que era fingimento  tinha um quê de realidade. 

Vermelho Sangue - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora