Um acontecimento, um trauma, uma pessoa responsável por toda a mudança na vida de Park Jimin. Nunca mais vai ser a mesma coisa, jimin nunca mais será o mesmo, todo o amor deu lugar a uma vingança, um objetivo? MATAR o assassino de sua família. Um ob...
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Quando perdeu sua família, Jimin sentiu a pior dor que uma criança pode sentir, foram dias de choro seguidos de um silêncio intermitente, agora ali diante do túmulo de seu último parente; seu segundo pai, ele nem sabia como reagir. Já havia gritado, chorado e implorado para os céus que trouxessem ele de volta.
Jimin sempre acreditou que Edward Kim era imortal, já havia passado por tanta coisa e nunca se deu o trabalho de morrer, jurou protegê-lo até o fim e assim o fez, Park pensou que ele morreria bem mais velho, mas não foi como esperado.
Ao redor do caixão negro estava ele e Joey, um grande amigo de Ed e de Jimin, ele estava com tanto ódio quanto Park e tão despedaçado também. Jimin então chegou a conclusão que o problema era ele, todas as pessoas que estiveram em sua vida, que tentaram protegê-lo, se foram e ele estava sozinho, sem ninguém. O pior de tudo e o que fazia o coração do loiro ruir ainda mais é saber que ele não teve tempo de se desculpar o suficiente, ou de se despedir, ele fez de tudo para protegê-lo e por um maldito erro a vida de seu bem mais precioso foi levada.
Não foi Edward Kim que cometeu um erro, ele fez tudo perfeito como foi instruído por Park, quem cometeu o erro foi a única pessoa que estava viva agora. O cartucho de balas usado continha uma marca registrada do Kim, Jimin também tinha a sua, mas como seu tio já não estava no ramo elas ficaram guardadas lá e foram por engano para na cabeça de gente errada. Seria muito fácil de ser reconhecida quando os dois eram melhores amigos, seu padrinho morreu por sua causa, por seu erro.
Estava pronto para desistir dessa missão, havia negligenciado sua posição, colocado em risco sua família, ele cometeu um erro e merecia conviver com a dor de todos aqueles que morreram por sua causa.
[...]
Quinta, 20 de agosto, 2020
Detroit, Estados Unidos
A morte de Ed afetou muito mais do que deveria, Jimin simplesmente não conseguiu ficar em New York sem se sentir sufocado, precisava estar longe daquela família que o causou tanta dor então foi para o lugar, a cidade mais perigosa do país na intenção de não voltar vivo nunca mais.
Em um bar num bairro controlado por algum tipo de gangue muito sangrenta, lá estava Park Jimin, com sua garrafa de uísque tomando sem qualquer receio, os olhos tão fundos que chegavam a ter marcas escuras, estava um pouco mais magro do que antes, ele estava vivendo como a porra de um bêbado.
— Linda, porque não dá uma das suas melhores bebidas para o belo rapaz. — pediu um cara alto e robusto, acariciando as costas de Jimin.
— Porque não pega esse drink e enfia dentro do seu cu, babaca. — proferiu Jimin com nojo em sua voz ao sentir as mãos do homem em sua coxa.
— O que disse? — o cara um pouco maior que ele se levantou agora com suas mãos pesadas no ombro de jimin.
— Exatamente isso que você ouviu, babaca. — se levantou encarando-o. Não demorou muito para o menor receber um soco bem-dado, que arrancou algumas gotas de sangue de sua boca, Park então respondeu com um sorriso. — Você bate como um bebê. — debochou recebendo outro soco. Os dois já estavam sendo cercados por alguns dos clientes mais frequentes ali. Quando o corpo de Jimin foi ao chão recebendo diversos golpes o mais novo decidiu que agora a festa estava boa.
Em um movimento rápido ele conseguiu sair da guarda do homem e se levantar, o mais alto tentou acertar outro soco, mas mesmo com o reflexo lento Jimin conseguiu desviar e acertar um soco certeiro na garganta do cara, automaticamente sendo atingido por uma lembrança.
"— em espanhol, me responda quais são os meios de nocautear alguém?"
E então os amigos de seu adversário ao ver o grandão caído foram para cima de Park, que após isso não teve mais reação e deixou que fosse espancado até a quase morte.
[...]
Sábado, 22 de agosto, 2020
Detroit, Estados Unidos.
Acordou em um beco ao lado de uma lata de lixo, não fazia ideia de quanto tempo ficou ali, mas tinha certeza que estava com o corpo em pedaços, ele andou sentindo sua costela doer um pouco, mas continuou andando até se localizar e lembrar onde havia deixado sua moto. Estava em frente a uma espelunca de pousada e por sua sorte ninguém a roubou, Jimin antes de pegar a estrada tomou um banho gelado e ligou o celular vendo 569 chamadas não atendidas, 3957 mensagens não respondidas de Jungkook, respirou fundo agora enxergando com clareza que precisava seguir com o que prometeu, custe o que custar.
[...]
Terça, 25 de agosto, 2020
New York, Estados Unidos
Jimin ficou algum tempo em casa para tentar melhorar um pouco sua situação. A costela quebrada limitou um pouco seus movimentos e o fez refazer todo o plano, mas seria o suficiente para acabar de vez com isso, e talvez, acabar com Jungkook também.
Após se sentir melhor e de tomar remédios suficientes para dor, ele escondeu sua moto e pegou um táxi até a casa de Jungkook. O mais novo quase teve um infarto ao ver o noivo naquela situação, machucado, mas ainda tinha um sorriso no rosto.
— Por Deus Jimin, o que aconteceu com você? Porque sumiu? — perguntou Jeon abraçando o menor e recebendo um resmungo em resposta.
— Tirando o fato de eu ter sido agredido eu também Sofri um acidente de moto, estava hospitalizado, não estava bem para falar com você. — respondeu sendo acompanhado para cama de seu noivo.
— Não fiquei sabendo de nenhum acidente por aqui. — contrapôs.
— Eu estava em Detroit, fui visitar uma velha amiga, mas ainda existem homofóbicos nesse mundo Jungkook. — mentiu. — eu preciso sair desse clima de cidade gracinha, fiquei sabendo que o problema do seu pai estava resolvido, porque não vamos para um lugar mais calmo, nós três? Julgo que minha experiência de quase morte me fez valorizar a única família que tenho. — sentiu o bolo em sua garganta ao proferir aquilo. — podemos noivar lá? Será que consegue convencer seu pai? — perguntou e Jungkook que estava sensível por ver Jimin tão mal concordou com a cabeça, ele faria tudo pelo seu amado, para ele ter alguns momentos mais relaxado.
