Terça, 1 de fevereiro, 2022
Kihavah Huravalhi Island, Maldivas
Durante todos os dias que Jimin permaneceu no hotel de repouso ele deixou ordens para não deixar ninguém entrar, principalmente Jungkook. Sua passagem estava marcada e ele tratou de melhorar o mais rápido possível para pegar aquele voo.
Park Jimin nunca havia imaginado como era maldivas, ele amava o clima praiano e o local onde reservaram para ele era perfeito, um hotel cinco estrelas com três dias de tudo pago e em seguida uma viagem de helicóptero para visitar a fábrica do champanhe que comprou.
Maldivas era um lugar muito lindo, a água cristalina era bem tentadora, para uma pessoa com tantos hematomas na pele, Jimin não estava tendo problemas para esconder com maquiagem já que mal saia de sua cabana, poderia ficar ali isolado pelo resto de sua vida ou até o nível do mar aumentar e engolir aquela ilha como já estava previsto. A questão era que Jimin estava subindo pelas paredes de tanta raiva que estava, devido aos remédios ele não poderia beber a quantidade que ele queria então em vez disso ele se afogava na comida e dormia embaixo do sol.
Tinha muitos pedidos de trabalho nos Estados Unidos, pedidos que já haviam sido recusados a algum tempo, mas agora que não tinha que fugir ele não via problema em voltar, afinal, era sua casa. Ele reforçaria cada canto daquele galpão, transformaria aquilo em sua própria fortaleza e ninguém nunca mais entraria de forma simples e sairia vivo.
Mesmo adorando as férias Jimin sentia saudades, o ocorrido em Paris despertou algo nele, algo esquecido, ele sentia saudades de quebrar alguns ossos e mais ainda de ficar a metros de distância de seu alvo e sentir o vendo em seu rosto enquanto mirava perfeitamente uma bala na cabeça de alguém. Ele iniciou naquela profissão para ter experiência e agora não conseguia se imaginar saindo dela, mas atiradores não podiam ficar sozinhos, ele precisava de informações, da voz em seu ouvido. Ed era perfeito nesse trabalho.
Jimin chegou a pensar em contratar Joey, mas jurou não o procurar mais, o mais velho foi o único que sobrou e o único vivo que presenciou o crescimento de Jimin, além disso, ele tinha uma linda esposa e duas filhas e três netos, não poderia colocar o mesmo em risco.
Com seu Tablet em mãos ele encomendava um novo carregamento de armas, de todos os tipos e tamanhos para diversas ocasiões, também checou com um ótimo químico novas doses para matar sem fazer sujeira. Tudo estava dentro do planejado, depois daquela viagem ele focaria em seu presente e futuro tentando deixar de estar preso no passado. Contradizendo a si próprio ele chegou a pensar no nome que tem perturbado sua mente a algum tempo, Anna, Jeongsu havia falado sobre ela ser a mãe biológica de Jimin, Ed nunca chegou a comentar isso, mas também nunca chegou a comentar sobre sua paternidade.
Park não fazia ideia se essa Anna estava viva ou morta, nem como ela era, apenas com o primeiro nome ele não poderia fazer muita coisa para achá-la, ele também não se esforçaria tanto para tentar encontrar uma mulher que teve coragem de abandonar um bebê, de certa forma ele seria eternamente agradecido por fazer isso, mas ainda não queria contato.
[...]
Jungkook, por outro lado, estava desesperado por ser barrado por Jimin, ele foi covarde em não dizer a verdade e isso o atormentou por dia, Jimin havia sumido como ele prometeu e seu celular nem mesmo tocava mais então ele reuniu todo o pouco de coragem que tinha e foi sincero com Noah.
- Eu queria amar você, e montar a família que tanto sonhou, mas ele é a pessoa que penso quando dormirei e quando acordo. Sou realmente muito grato a tudo que me fez, coração, mas não consigo ficar aqui e viver uma vida de mentira enquanto deixo passar isso. - falou. No dia seguinte ele simplesmente usou seu contrato da garrafa de champanhe e foi até Jimin na esperança dele ainda estar lá.
Jungkook bateu em todas as palafitas até ouvir a voz de quem tanto procurou, Jimin abriu a porta e ao ver Jungkook ali ele a fechou em sua cara.
- O que quer? O que faz aqui? - perguntou, seu tom de voz mostrava sua raiva.
- Você me convidou lembra? Fugir para Maldivas. Usei esse maldito contrato finalmente e estou aqui. - falou olhando para a porta ainda fechada.
- Dê meia volta e vá para Paris atrás do seu namorado, eu não quero saber. - respondeu.
- Na verdade, ele está em Londres, voltou para casa, eu não posso estar com ele quando meu coração está com você gracinha, então abra essa porta e deixe-me pedir desculpas de joelhos se for preciso. Eu só não quero mais fugir. - Implorou e viu a porta ser aberta.
- Estou esperando... - cruzou os braços esperando Jungkook se ajoelhar.
- Você levou a sério. - Resmungou se ajoelhando. - Me desculpa por ser babaca, acredito que uma parte de mim, ficou com medo de largar algo seguro para ficar com a incerteza. - Percebeu que não estava indo bem. - Céus, não era ele e nunca foi, apenas você consegue deixar meu corpo em chamas, retirar os melhores pensamentos impuros e de acelerar meus batimentos cardíacos com tanta facilidade. Não me deixe perder mais 365 dias sem estar ao seu lado, eu quero estar aqui ou em um hotel. - Ele nem estava mais se importando em estar de joelhos. - Amo você, amo seus dois lados, seu jeito doce e esse seu jeito sangrento que causa arrepios, amo seu lado obscuro Park Jimin. Não posso ficar mais um dia sem você, não posso guardar isso mais um dia. - Mostrou o anel de diamantes com Rubis. - Quero que seja meu de verdade, eu pensei em safiras, mas o vermelho sangue dessas pedras combina com o tanto que você gosta de se machucar. Você não foi feito para filtros e nem para ser um segredo, sua vida é como a arte da força e coragem e isso me inspira. - se levantou. - Não foi a melhor declaração que fiz, mas aceite se casar comigo e eu prometo que nunca mais solto sua mão ou lhe deixo sozinho. Tudo que for fazer faremos juntos.
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Vermelho Sangue - Jikook
Fiksi PenggemarUm acontecimento, um trauma, uma pessoa responsável por toda a mudança na vida de Park Jimin. Nunca mais vai ser a mesma coisa, jimin nunca mais será o mesmo, todo o amor deu lugar a uma vingança, um objetivo? MATAR o assassino de sua família. Um ob...