A sua voz era como a de um anjo. Sempre que a ouvia, era isso que me fazia lembrar. Um anjo que me ajudava a sair daquele tormento a que chamava vida. Estava tudo um caos, tudo fora dos seus sítios e eu sem poder fazer nada. Por isso não aguentei... Nos primeiro meses( menos de um ano, mas mais do que uns meros meses, afinal uma doença para lhe ser encontrada uma cura precisa de tempo) eu ligava-lhe. Tinhamos 6 horas de diferença, mas isso não interessava nada. Quando eu queria, ele estava lá para me ouvir e ajudar.
O meu amor era tão grande que sem querer estruturou-se para aquilo que estava acontecer, moldou-se de maneira que não me deixou esquecer-lo. Não se tranformou, porque eu amava-o da mesma maneira. Por isso mesmo, o meu amor arranjou forma de não se apagar e permanecer igual como se ele estivesse a meu lado. Não consigo explicar como,apenas o porquê... Porque eu precisava do Ash, porque eu amava-o.
Todos os dias eu ligava-lhe, ou ele a mim e falavamos. Falavamos horas a fio, pela noite dentro como se estivessemos a milimetros de distancia. Ambos sabiamos que não era a coisa mais certa a fazer, estavamos a magoar-nos a nós próprios, mas caiamos sempre na tentação e as vezes já nem tentação era. Era apenas um necessidade. Trocavamos sms a quase toda a hora e eu sentia-o perto de mim.
O Ash continuava a ter o mesmo poder em mim. Sempre que o ouvia ele deixava-me fraca. Não da maneira má, mas também não da maneira mais boa. Simplesmente na maneira dele... Sentia-me embalada nas suas palavras como nos seus braços, sentia que conseguir dominar o mundo desque que ele estivesse do outro lado do telefone. Ele continuou a controlar o meu coração e eu o dele, o meu mundo avançava à medida das suas palavras. Quando nós desligavamos a chamada voltava o espaço incompleto em mim, sentia a minha fragilidade a cada movimento. Eu estava tão facil de cair ou de partir... Estava tão sensível que ele quase que controlava os meus estados de espírito. Acho que nunca dependi tanto dele como nós meus primeiros tempos em LA. Era de compreender... Eu estava num sitio completamente diferente, o Ash era a minha luz. Ele foi a única coisa que se manteu (mesmo que não quisessemos) ele continuou comigo. Eu não me consegui separar dele, mesmo que tivessemos tudo a separarmo-nos.
Sem saber ou sem se aperceber, ele quase que fez uma promesa para nunca me deixar. Numa altura em que tudo era novo e a única coisa que tinha era ele... Ahhh! Era demasiado bom para ser verdade. O Ashton era o meu salvamento, o meu refúgio. Quando tudo estava errado... eu juro, parecia mesmo que ele estava lá para me dar aqueles apertados abraços. Não podia ser, mas eu acreditava tanto que acabava por o sentir. Naqueles momento, ele estava deitado na minha cama, a mexer no meu cabelo enquanto me dava beijinhos por toda a cara. Sabem o quão bom era? As vezes até lhe ligava ao meio da noite só para o ouvir até adormecer... Aí é que era. As milhas de distância tinham-se destruido e nunca tinhamos estado tão perto um do outro. Era o meu heroi de sempre e para sempre.
Até ao dia em que tive que encarar a realidade. Ele não estava lá. Não estava... Já a meses que não sentia os seus braços, os seus beijos, os seus carinhos. Mesmo que o meu amor não parasse de crescer, eu estava-me a acabar por dentro. Afinal eu estava em LA e ele na Australia, demasiada distância para ele ser o meu heroi. Então eu apercebi-me que o que estava a fazer com ele não era justo, estava errado. Como tinhamos combinado o contacto tinha mesmo que ser cortado. Estavamos a alimentar algo que apenas tinha um fim.
Tive uma conversa com ele... Umas das piores de todas. A minha cabeça dizia que era o mais correto a fazer, mas o meu coração, esse dizia que era possivel, não querendo matar as esperanças. Disse-lhe que o que estavamos a fazer a nós próprios era monstroso. Que era por o amar que isto não podia continuar. Todas as noites eu sentia-o deitado na minha cama, mas o que é certo é que quando acordava ele não estava lá e isso distruia-me. E sei que a ele também. Por saber o quanto isso doi não podia permitir que ele sofresse. Assim não acabavamos magoados um com o outro, só com o mundo... Nenhum de nós cometeu um erro que ia acabar por magoar muito mais do que a distância.
A cada semana as horas por chamada eram menores, até passar por cada semana o número de chamadas ser menor. Começamos com um trocar seco de sms. E apartir dai nunca mais foi igual. As sms acabaram de vez,as chamadas eram pontualmente e apenas para saber como é que ele estava... Mas essas também acabaram. Tudo acabou, tudo foi levado. O tempo era cada vez menor para nós, ele estava muito ocupado e nós próprios sabiamos que era isto o mais certo a fazer. Não foi facil, nada mesmo. A dor não desapareceu logo. Houve dias em que eu chorava enfrente ao telemovel por não lhe poder ligar, gritava comigo por não poder mandar-lhe uma sms. Tinha medo que se o fizesse aquilo tudo voltasse de novo(era o mais provavel). A dor do meu peito não parecia diminuir. Até aquele dia... Até a um dia em que a dor do meu peito era levemente menor do que no dia anterior. Esse dia foi muito estranho... Apercebi-me que LA até era uma cidase bonita e cheia de oportunidades. Que tinha vizinhos simpáticos e uma menina da minha idade muito querida. Mais estranho do que esse dia foi o a seguir... A dor do meu peito era ainda mais pequena que no anterior. E assim foi, a cada dia a dor ia diminduindo e eu sentia-me a acordar para o mundo. Não me esqueci dele, mas aprendi a viver sem ele. Tinha saudades dele, mas não era isso que me vinha a cabeça mal acordava. Então, apercebi-me que talvez estivesse na hora de procurar outras felicidades.Flashback
-chamada on-
"Ash- como foi o dia?
Eu- não muito bom...não me consigo entregar.
Ash- tens que fazer um esforço Daisy.
Eu- posso-te pedir uma coisa Ash?
Ash- todas.
Eu- podemos fazer video chamada? Preciso tanto olhar para ti.
Ash- claro! - nesse dia adormeci a fazer video chamda com ele. Foi uma das melhor noite desque tinha chegado. Ri-me com ele, sorri como faziamos quando eu estava na Austrália. E a última coisa que vi antes de adormcer foi a sua cara... Não a imaginei, vi-a. A sorrir para mim... E como eu adorava o seu sorriso."Ash- olá.
Eu- uhm olá. Só queria saber se estava tudo bem.
Ash- oh sim,sim. E contigo?
Eu- também.
Ash- Daisy, tenho mesmo que ir desculpa.
Eu- tudo bem. Até depois..." -só que não houve depois.
Flashback off
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Heyy! Que saudades eu já tinha. Anyway... Peço desculpa. Eu sei que o capítulo não estava nada demais, eu sei eu sei. Estou sem ideias mas queria mesmo atualizar.
QUEM QUISER DAR UM TITULO A ESTE CAPITULO AGRADECIA MTT!! (POR FAVOR XD)
Estes primeiro capítulos vão ser algo diferente. Vão ser tipo pensamentos... Não só da Daisy. Depois vão perceber melhor esta ideia. Obrigada pelos votos e comentarios, vocês são uns amores. (Devo de por no proximo fim de semana) até ao proximo capitulo xx
Ps- capa feita pela @MafaAkaEsparguete. Obrigada querida!!
Twitter: @TheDaisy3_
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The Daisy 3 || a.i
Fanfiction- as vezes o desejo controla as nossas ações, dominado-nos e levando-nos a fazer coisas que nunca pensávamos que iríamos fazer. -tal como o amor. - não chames aquilo que fizemos amor. - olhei-o sem nenhum tipo de emoção. -o que nos aconteceu? Par...