- a senhora precisa de ajuda para atravessa a estrada?
Eu- que rapaz tão gentil, agradecia muito - seguro no seu braço e o rapaz ajuda-me a atravessar a estrada. - muito obrigada meu querido.
- de nada, bom resto de dia.
Eu- pega- dou-lhe dinheiro para a mão.
- oh minha senhora, não precisa.
Eu- vá lá, sê um bom rapaz e aceita. - ele dá-me um sincero sorriso e agradece-me.
Continuo o meu caminho... Quem diria, 50 anos depois ainda sei de cor todas as ruas de Sydney. Tinha tantas saudades disto aqui... Consigo ver algumas mudanças, esta mania de modernização, que coisa. Mas não perdeu o encanto, nunca perde.
Nunca me imaginei de novo aqui, um velha de 68 anos a tentar recuperar um amor ainda mais velho,que patetice tão acertada.
Não me acredito que ele não mudou de casa... O Ashton tornou-se o baterista a solo mais famoso da nossa altura, algo que já não se conseguia a muito tempo um baterista a solo ficar assim tão famoso, mas afinal com tanto talento era a única coisa a esperar. E mesmo assim ficou na mesma casa que alugou com 18 anos. Uma humilde e simples casa...Tenho medo do reencontro... Perdi o medo a tudo, nem a morte me assusta, mas o reencontro arrepia-me... Talvez seja por isso que nunca voltei. Sei que ele não se casou, nem filhos tem. É engraçado, um baterista famosos lindo de morrer, solteiro. Bem... Poderia dizer o mesmo de mim. Tomei quanta da obra do meu pai em LA, multipliquei-a por tudo o mundo, tornando-me a mulher mais bem sucedida dos EUA. A mulher sozinha, solteira mais bem sucedida dos EUA. Não me consegui casar, nunca ninguém me deu aquilo que o Ashton me deu. Agora sei... Tenho a certeza, ele foi o meu verdadeiro amor e é por isso que voltei. Nunca é tarde demais para o amor, certo? Porque não tentar? Afinal não tenho nada a perder.
Avisto a casa ao longe os meus joelhos tremem e pela primeira vez em muito tempo, não é devido à osteoporose. Arrepios sinto em todo o corpo e sinto-me uma adolescente outra vez. À medida que me aproximo, sinto o meu coração a querer sair do meu peito.
Respiro fundo pela milésima vez e finalmente toco a campainha. Segundos depois um homem de 50 anos abre a porta.
- boa tarde, precisa de alguma coisa?
Eu- desculpe, eu estou confusa- uma voz minha conhecida interrompe-me.
- Thomas, quem é? - Thomas? Este rapaz aqui é.. O meu Thomas.
Thomas - a senhora sente-se bem?
Eu- Thomas... És tu. - toco-lhe na cara.
Ash- então, mas afinal quem... Daisy? - o Ashton deixa cair a bengala assim que me vê. 50 anos depois e ele continua a ser o homem mais linda à face da Terra. - eu não me acredito.
Eu- desculpa aparecer assim... - ele vem até mim e abraça-me apertadamente... Oh como senti falta dos seus braços, do seu calor. Como senti falta de sentir o seu coração no meu peito. - desculpa se é tarde demais.
Ashton- nunca é tarde demais para o amor minha querida.
Eu- eu quero ficar contigo até ao dia em que morrer.
Ash- pensei que só te voltaria a ver no céu. Estas tão linda, meu amor. - ele põe-me a mão na cara e junta os nossos lábios um beijo rápido mais cheio de amor. - Daisy... Daisy... Dai-
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-sy... Menina Daisy, menina Daisy.
Acordo sobressalentada sentada num banco de avião.- desculpe tê-la acordado assim, menina Daisy, mas o avião já aterrou, já estamos na Austrália.
Eu- oh... Obrigada. - a hospedeira dá-me a minha mala e cede-me a passagem para sair do avião.
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The Daisy 3 || a.i
Fanfiction- as vezes o desejo controla as nossas ações, dominado-nos e levando-nos a fazer coisas que nunca pensávamos que iríamos fazer. -tal como o amor. - não chames aquilo que fizemos amor. - olhei-o sem nenhum tipo de emoção. -o que nos aconteceu? Par...