Capítulo 12

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>>__1 Dia Depois__>>

☆__Narrador Oculto__☆

Um dia se passou desde a festa de aniversário de Angelina.
A família de s/n e Joel ainda estão em Miami e como vão voltar pras suas cidades no dia seguinte, resolveram se reunir na residência do casal pra um almoço de despedida. Não só eles, como os amigos também estão presentes.

— Mamãe, vou brincar lá fora! — Avisou Angelina e a mãe assentiu.

A menina foi até seu quarto, buscou sua boneca e retornou ao andar de baixo da casa, mas dessa vez se dirigiu a varanda onde ia brincar.

Todos estavam com atenção a conversa que estavam tendo. Com isso, nem perceberam a hora que Christopher se retirou da sala.

O rapaz foi até a varanda dos fundos e encontrou a menina sentada no chão brincando com sua boneca.
Ali ele viu a hora perfeita de ter a conversa que queria com Angel. Mas se pôs a pensar: Qual seria a reação da menina ? E  s/n o deu um voto de confiança, estava começando a retornar a amizade com ele. Se o mesmo contasse, ela poderia ficar chateada com ele novamente.

Então tirou a idéia de sua cabeça e quis aproveitar pra brincar com a menina, ter um momento sozinho com ela novamente, já que nos últimos dias ela estava rodeada por sua família.

— Angel ? — Chamou a atenção da mesma, que o olhou.

— Oi tio, veio brincar comigo ? — Perguntou e ele sorriu e se sentou em uma cadeira que tinha ali. — Aceita um suquinho ? — Deu um xícara com suco pra ele.

— Obrigado! — Agradeceu. — Sua boneca é muito bonita. — Puxou assunto com a menina.

— O nome dela é nina, eu ganhei do tio Israel! — Explicou a pequena e ele apenas assentiu.  — Tio, prende meu cabelo ? — Pediu o entregando um elástico de cabelo.

No momento Chris ficou meio sem jeito, sentiu seus olhos se encherem de lágrimas e se imaginou cuidando daquela garotinha, enquanto prendia o cabelo da mesma.

— Minha filha!— ele deixou escapar sem querer enquanto ajeitava sua franjinha.

— Filha? – Questionou a menina. Foi aí que ele percebeu o que tinha dito e ainda em voz alta.

— O que, minha linda? – Perguntou, talvez a menina não tivesse ouvido direito. 

— O senhor me chamou de filha, tio! — Disse ela o olhando.

Ele sentiu seu coração disparar, não sabia o que falar. Ninguém tinha idéia do que se passava em sua cabeça naquele momento, mas seu rosto transparecia desespero. Como ele iria explicar pra ela, sem que deixasse a verdade escapar ?

— É...é modo de falar, minha linda! — A menina continuou o olhar confusa. — Muitos adultos tem o costume de chamar os mais novos de meu filho, minha filha! — Explicou rezando pra quê ela acreditasse.

— Entendi! – Sorriu. — Mas tá tudo bem com o senhor? — Ela continuou a fazer perguntas.

– Tá sim, por quê ? — Perguntou ele estranhando a preocupação da menina.

— O senhor tá chorando! — Disse passando sua mãozinha no rosto dele.

— Eu ? Tô não pequena, foi só um cisco que caiu no meu olho! — Começou a piscar seguidamente pra quê as lágrimas sumissem.

A garotinha ficou o olhando como se tivesse preocupada. Foi aí que Chris lembrou de uma coisa que ouviu um dia em uma conversa de sua mãe com uns amigos sobre um filme que viam. Eles falavam que por mais que duas pessoas não saibam de uma ligação que tenham, o vínculo sanguíneo sempre vai falar mais alto.

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