Liar

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S/n pov

Sentada em minha cama após ter um pesadelo terrível, ouço Thimotee falar em seu telefone. Minha cabeça doía das bebidas de ontem, e eu precisava dormir mais um pouco. Mas ao me deitar, algo me chamou a atenção em sua ligação. Ele ainda não tinha me visto acordar.

—  Consegui a chave principal da mansão, podemos invadir a qualquer momento. Me encontrem em dez minutos — Sua voz estava um pouco afastada e baixa, mas escutei-o claramente. Por fim, ele desligou.

— Sobre o que estava falando? — Perguntei e ele virou, surpreso. — Então, o que era?

— Primeiramente, bom dia — Ele riu — Estava falando com meus homens, vamos invadir um depósito de drogas.

— Você disse.. depósito? — Fiquei confusa, pois podia jurar que falou "mansão".

— Sim, alguma coisa errada? — Nos encaramos em silêncio, seu olhar se semicerrou para mim.

— Não, não há nada de errado. — Falei

— Ótimo, quando puder saia do meu quarto. — De repente sua voz ficou autoritária, até demais.

— Mas eu preciso tirar os lençóis e colocá-los na máquina — Retruquei

— Não precisa, não tem nada de errado com o seu cheiro na minha cama — Sorriu maliciosamente e desviei o olhar — Estou atrasado para meu trabalho.

— Matar pessoas? — Thimotee gargalhou alto

— Pare de ser tão má, eu gosto do que faço — Ele se aproximou como se fosse subir em cima de mim e beijou minha testa — Arrume sua blusa, seus peitos são tentadores.

— E por que está olhando para meus seios? — Provoquei e logo em seguida joguei um travesseiro nele, ele saiu sorrindo. — Babaca!

Meu dia seria provavelmente entediante, como todos os outros. O fato de Thimotee ter mentido para mim, ainda me incomodava. Ao questioná-lo sobre aonde iria, ele disse — Um depósito — Mas sua ligação dizia — Uma mansão. Isso me intrigou. Para me distrair, resolvi me levantar e começar o dia, tomei um banho refrescante, e um ótimo café da manhã.

Era quase o horário do almoço, e lembrei que tinha um restaurante aqui ao lado. Por mais desnecessário que fosse, eu sempre andava com uma arma em minha bolsa, nunca sabia quando alguém poderia atacar. Fui ao restaurante e ao chegar lá fiz meu pedido, sentei em uma das mesas e comi. Na volta quando eu já estava prestes a entrar na minha casa, alguém esbarrou em mim.

— Desculpe — O homem disse — Oh, S/n.

— Luke — E novamente, ele passava por aqui. Mas desta vez, estava com uma garota em seus braços — Tudo bem?

— Sim — Imediatamente vi seu rosto mudar expressões, agora de apressado ele parecia estar com medo — Licença, mas estou com pressa

— Não, espera! — O chamei — Quem é ela? — A garota estava dormindo em seus braços, e por algum motivo ele cobria seu rosto.

— S/n.. — Parecia apreensivo — Esta é Emma. — Então ele a mostrou, e pude ver os olhos de seu pai nela.

"— Ela é bonita — Lembrei de seu comentário"

— Não posso ficar aqui por muito mais tempo — Disse ele, olhando para a casa — Principalmente em frente à essa casa.

— O que está fazendo com ela? — Perguntei sem tirar os olhos da menina — E céus! Ela está tão grande, e atualmente ela tem..

— Quatro anos -—Completou. — Em qualquer outro momento eu te explicaria, mas agora eu tenho que ir.

— Do que está fugindo? — Retruquei semicerrando meus olhos — Diga

— Eu — Suspirou, como fosse se render — Louis está aqui, ele mora aqui. Desde que saímos de lá, recebemos ameaças anônimas. Não é nenhum novidade, é algo bem habitual na verdade — Disse como se estivesse acostumado com isso, e provavelmente estava — Mas não afetava apenas Louis e seus amigos, afetava sua filha. Ele não podia arriscar tudo.

— Está me dizendo que ele já não é mais um mafioso?

— É complicado, ele continua sendo, ordena e planeja. Mas nunca faz na prática, não como antes. Seus amigos fazem isso por ele — Luke franziu a testa como se estivesse lembrando de algo — As vezes mal o reconheço.

— Luke, quem acha que está por trás disso? — Perguntei e ele desviou o olhar — É claro...

— Sei que o considera, mas Thimotee não é como pensa — Retrucou

— Ele nunca me mostrou ser uma pessoa ruim. — Falei e logo pensei em mudar o assunto. — Mas o que está acontecendo agora? Você parece desesperado.

— Recebemos outras cartas anônimas, onde dizem que vão sequestrá-la

— Não acho que quem fosse sequestrar alguém, avisaria — Falei

— Sim, pensávamos a mesma coisa. Mas ontem, Finn e Millie foram à um cassino. Um de seus seguranças perdeu a chave da casa principal..

Enquanto ele falava senti meu corpo adormecer, eu não me movia, era como se algo estivesse esmagando meu corpo. Não conseguia escutar ao meu redor, nem o barulho das coisas. "— Tente pegar a chave no bolso de sua calça", " — Eu consegui a chave principal da mansão", " — Precisava dela para invadir um depósito de drogas". Eu havia feito aquilo.. Thimotee me subornou.

— S/n? —Uma mão tocou meu ombro direito — Você está bem? Parece pálida — Ao olhar de onde a voz vinha, deparei -me com o rosto de Thimotee, e me assustei. Olhei ao redor procurando Luke, mas acho que ele havia saído — Quando cheguei um homem estava saindo, quem era?

— Vizinho — Consegui falar — Veio dar as boas vindas. Por que está aqui?

— Como assim? Eu moro aqui — Ele estava estranhando minha situação, eu não estava me esforçando o suficiente para ser convincente — Querida, vamos entrar. — Me levou para dentro — Descanse um pouco..

Senti algo perfurar meu braço, olhei para o lado e me deparei com uma injeção enfiada em meu braço. Olhei para ele, e ouvi dizer — Está tudo bem, apenas descanse.

Continua..

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Obsessed With Me {Louis Partridge}Onde histórias criam vida. Descubra agora