𝐀𝐟𝐫𝐨𝐝𝐢𝐭𝐞 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠

𝕀

Para Manuela, e para nossa amizade que me fará colher quantas estrelas forem necessárias para caber em seu sol.
- Estrelinha.

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𝓞 frio escaldante no Palácio de Safira é escondido no calor do corpo de Jungkook por cima do meu.

Minhas mãos de unhas grandes o apertam os ombros fortes, enquanto as estocadas me preenchem o prazer felino, dissimulando toda a minha atenção para a sagaz sensação vivaz que adorna todo o meu corpo.

As mãos masculinas apertam com mais força o lençol lazúlli, empurrando cada vez mais forte e mais rápido seu membro para dentro de mim.

E eu vejo transcendo em seu olhar aquela mensagem silenciosa e um tanto capciosa.

E segundos depois, sinto o meu limite ser ultrapassado, chegando ao ápice do prazer transcendido a uma revigoradora malicia. Os dois. Juntos.

O corpo másculo cai ao meu lado da cama, suado e ofegante, não muito diferente de mim, que encaro o dossel prateado enquanto tento recuperar o ar perdido.

Me perco na costura delicada do tecido de seda.

- O que você quer de presente? – a voz suave, porém cansada de Jungkook surgiu no silêncio de nossas respirações aguçadas pelo quarto.

- Presente...? – perguntei mesmo já sabendo do que ele falava, tal como ele sabia que eu não gosto deste assunto. Esperava que ele deixasse passar dessa vez, que assim como eu, agisse despercebido.

Por mais que eu tentasse isso todas às vezes, e todas às vezes não dessem certo.

- Seu aniversário é daqui alguns meses – mais recomposto, ele virou o corpo nu, coberto até a cintura por um lençol para mim. – Me diga algo que queira – ele apoiou um dos braços na cama, levando a mãos até a cabeça e a apoiando lá.

- Já tenho tudo o que eu quero - Dedilhei uma das partes do lençol perdidas, puxando-a para mim e cobrindo meu corpo, já me preparando para levantar.

Jungkook suspirou.

- Me diga algo que quer em especial, para uma data especial – insistiu, me observando sentar de costas para si.

- Não vejo motivos para ser uma data especial – me levantei, agarrada ao lençol, criando resistência nas pernas, e caminhando devagar até a saída de seu quarto.

- É especial porque celebra sua existência – o escutei se sentar no colchão – Porque você é especial.

Parei a centímetros da porta, virando minha cabeça levemente de lado, sentindo alguns fios longos deslizarem por meu ombro.

- Não há nada de especial nessas coisas.

Bati a porta com certa força quando me retirei, caminhando dois metros para frente, encontrando a porta do meu quarto, e entrando antes que os ventos gélidos do corredor me encontrassem.

Do lado de dentro, sinto o calor de um recém-feitiço feito para aquecer o ambiente, e encaro a vista das cinco enormes janelas, banhadas em neve, com as cortinas abertas, assim como foi pedido por mim antes.

Vejo Flora, Luna e Lethe esperando-me com as cabeças curvadas para o chão em frente à porta do banheiro.

- Seu banho está preparado, Senhora – Luna diz passiva, no meio das duas.

- Certo, obrigada – caminho com calma até a entrada de porta dupla do banheiro, cravejada de safiras polidas, Flora abre umas delas, e Lethe a outra, abrindo espaço para que eu entre no gigantesco banheiro de tons claros, quase por um completo de mármore branco e rosado. – Apenas Luna comigo hoje – solto o lençol que desliza para o chão, revelando a nudez que logo é encoberta pela água cheia de espuma, da banheira quadrada branca – Lethe e Flora, arrumem uma roupa para que eu possa receber o comitê da guarda do Palácio de Jade. – me acomodo no fundo da banheira de água quente, sentindo meus músculos relaxarem, enquanto escuto as duas assentindo e a porta sendo fechada novamente.