𝕏𝕏𝕏𝕍𝕀

637 96 140
                                    

𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚𝐬 𝐃𝐞𝐬𝐨𝐥𝐚𝐝𝐚𝐬

𝕮𝖎𝖓𝖈𝖔 𝕳𝖔𝖗𝖆𝖘 𝕯𝖊𝖕𝖔𝖎𝖘

𝒜 atmosfera nas Terras Desoladas é completamente diferente.

Como não tenho mana não sinto na mesma intensidade que os outros, mas aqui é bem mais pesado, completamente monótono e angustiante.

O ar parece poluído, como se chegasse mais denso nos pulmões, tudo parece ser colorido em verde musgo, até mesmo o céu.

A áurea é completamente maligna e tenebrosa.

Desde a guerra eu não atravessava uma muralha para fora de Afrodite, para pisar nas terras daqui, e deveria admitir que a sensação de pôr os pés neste solo morto é uma das piores.

Chegando em Ametista tive duas informação preciosas.

A primeira é que a muralha não caiu e sim rompeu. Ou seja, os Desolados ainda não conseguiram adentrar, porém a praga já está impregnando muita coisa.

E a segunda é uma junção da primeira. Os Desolados estão usando objetos e lançadores mergulhados no Lago da Virtude para a deixarem mais fraca e conseguirem entrar.

Quando eles jogam as pedras e foices enormes na direção da muralha ela não se quebra com facilidade, mas depois de algumas tentativas, com ela enfraquecida desse jeito, a praga suga toda a mana de determinada área, criando uma brecha.

Na guerra eles entraram aos poucos por essas brechas, mas agora parece que querem adentrar de uma vez Ametista, causando um impacto geral.

Ametista é tão fria e congelada quanto Safira.

Montanhas e mais montanhas cobertas de gelo, um frio intenso que jamais sessa, ventos fortes e poderosos, além das tempestades.

Mesmo de manhã o céu é tão nublado que se parece quase o entardecer.

Ametista é o quarto maior palácio de Afrodite, tendo uma população grande o suficiente para preencher cada metro quadrado daqui e exatamente por essas circunstâncias que também é o mais pobre e precário.

Suas muralhas acabam sendo as menos alimentadas de cristais e logo as mais fracas. Não me surpreende em nada que a ruptura tivesse sido aqui.

Estive em Ametista somente na guerra, e pisar os pés aqui de novo me trouxe exatamente essa sensação, ainda mais sob essas circunstâncias.

Meu corpo se corroeu por aquele mesmo arrepio ao por meus olhos pelos aldeões. Todos tão desesperados e sôfregos que mal notaram a minha presença passando por si.

Quando cheguei na fronteira tudo o que tive que fazer foi atravessar a muralha, visto que até mesmo os soldados – completamente mal treinados e disciplinados – estavam correndo enlouquecidamente por ai.

Nem mesmo a Imperatriz daqui fez qualquer tipo de anúncio. O povo está abandonado.

Mas sei que quando a ajuda de outro palácios chegarem as coisas irão melhorar.

No momento minha preocupação é aniquilar os Desolados que estão tentando derrubar a muralha.

Estou vestindo um longo e largo capuz, cobrindo meu corpo e rosto, já que eles também não tem mana, não conseguiriam sentir minha presença, então minha tarefa seria apenas me camuflar.

Me escondo atrás de uma catapulta que ainda não está sendo usada, observando um dos vários grupos, que aparentemente está com a tarefa de enfraquecer o lado oeste da muralha.

𝐀𝐟𝐫𝐨𝐝𝐢𝐭𝐞 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠 Onde histórias criam vida. Descubra agora