07. Almoço

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No porão, algo deu terrivelmente errado. Para começar, esta cozinha tinha vontade própria. A casa era tão antiga. Muitos acidentes culinários. Mas por que hoje entre todos os dias? Harry olhou ao redor consternado.

Draco parou cambaleando no final da escada. Ele levou um momento para avaliar os danos. Então a risada borbulhou dentro dele e explodiu.

Harry estava no chão, atordoado e coberto de molho de tomate. Havia espaguete por toda parte – no chão, no balcão, nas paredes e até no teto.

Teddy não estava muito atrás. Ele empurrou Draco para o lado e escorregou no molho com pressa.

— Você está bem?

— Acho que sim — Harry murmurou. Ele moveu a mão contra o chão para se sentar mais ereto, mas soltou um grito agudo antes que pudesse se reajustar. Ao levantar a mão, ele percebeu que não era apenas o molho de tomate que estava colorindo sua mão de vermelho.

— Ah, não — Teddy gemeu enquanto agarrava o pulso de Harry e olhava para o corte em sua palma. — Harry, por que você está assim?

— A panela explodiu! Não é minha culpa!

Scorpius ficou do lado de fora da cozinha. Ele estava bem perto das lágrimas. Draco percebeu e sua risada diminuiu. Ele bagunçou o cabelo de Scorpius para que ele soubesse que estava tudo bem antes de se aventurar na bagunça.

— Deixe-me ver.

— Estou bem — Harry respondeu rapidamente enquanto lutava para se levantar.

Draco o empurrou de volta para baixo.

— Deixe-me ver — ele disse novamente.

— É só um pequeno corte.

— Não assuste Scorpius. Me dê sua mão, Potter.

Teddy olhou para seu primo. Seu estômago se apertou de consternação quando encontrou o menino chorando. Ele correu até Scorpius.

— Por que você está chorando? — ele repreendeu gentilmente. Ele abraçou Scorpius. — Harry faz isso o tempo todo. Ele está sempre destruindo a cozinha. Na verdade, eu ficaria surpreso se ele não explodisse coisas pelo menos duas vezes por mês.

Draco sorriu com os comentários de Teddy enquanto agarrava com força o pulso de Harry e pressionava a ponta de sua varinha contra a mão atrevida. A pele se fundiu facilmente, de modo que nem mesmo uma leve cicatriz permaneceu.

— Duas vezes por mês, hmm?

Harry puxou a mão com uma carranca.

— É a cozinha. É mal-assombrada ou algo assim.

— Sim, claro.

Ele bufou indignado. Confie nele para fazer papel de bobo na frente de Malfoy.

— Ha ha, ria — ele murmurou baixinho.

— Oh, eu vou — Draco prometeu a ele. Ele sacudiu a varinha pela cozinha para limpar a maior parte das manchas. — Acontece que conheço minhas limitações, e é por isso que quase nunca ponho os pés na minha cozinha.

Harry esfregou a mão na calça para se livrar das cócegas quentes que diminuíram lentamente quando a magia de Draco se dissipou.

— Estou bem — disse ele aos meninos que estavam no patamar. Scorpius espiou por cima do ombro de Teddy para olhar para seu professor. Harry estendeu a mão para mostrar a ele. — Viu? Nem dói mais. Nem um arranhão.

Depois que a bagunça foi limpa, Harry ficou completamente exausto. Ele pediu licença para poder lavar os tomates do cabelo. Draco, Teddy e Scorpius ficaram sozinhos então.

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