32. Sonserino astuto

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Harry estava andando pelo corredor vazio com uma pilha de cadernos nos braços quando viu Scorpius encostado na parede, olhando languidamente para os pôsteres na parede oposta, aparentemente tendo causado algum tipo de problema que o fez sair da sala de aula. Harry não conseguia acreditar no que via. Scorpius nunca faria algo que justificasse um intervalo. Pelo menos, ele nunca teria feito isso. Harry diminuiu a velocidade até parar perto do garoto, sem saber o que dizer. Scorpius não percebeu até que Harry pigarreou. Quando Scorpius olhou para cima e reconheceu quem estava ao lado dele, uma carranca apareceu em seu rosto. Ele se virou e encarou a parede.

Harry virou Scorpius de volta. Ele foi gentil.

— Eu não vou contar ao seu pai.

— Eu não me importo se você contar a ele — retrucou Scorpius. — E você não precisa mais fingir que gosta de nós. Já tivemos problemas suficientes.

Harry apertou ainda mais os livros quando uma faísca de culpa o percorreu.

— Eu não estou fingindo.

Scorpius cerrou a mandíbula e desviou o olhar com firmeza.

Um nó familiar subiu na garganta de Harry. Como ele havia bagunçado tanto as coisas? Ele nunca, nem por um momento, pensou que acabaria machucando Scorpius daquele jeito. No final, tudo o que ele pôde fazer foi ir embora.

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Draco parou na porta que dava para a cozinha quando percebeu que Patricia estava preparando comida. Ela olhou para cima antes que ele tivesse a chance de fugir, tornando a situação um pouco estranha para ele. Ele entrou com relutância, o que não passou despercebido. Patricia escondeu o sorriso olhando para os legumes que estava cortando para a salada.

— Olá, Patricia — Draco cumprimentou. — Você não precisava fazer o jantar.

— Eu não sabia que você voltaria para casa mais cedo ou não teria vindo. Como foi o trabalho?

— Tudo bem — ele murmurou enquanto se servia de suco de laranja. — Scorpius está lá em cima?

— Sim. Ele está fazendo alguns trabalhos escolares. — Patricia apontou a varinha para os pratos na pia para que ficassem encharcados e ensaboados, prontos para serem enxaguados em alguns minutos. — Faz um tempo que não preparo o jantar para vocês dois. Harry tem estado por aqui com muita frequência. Ele gosta de cozinhar, hmm?

Draco bebeu cuidadosamente a bebida gelada, fazendo uma careta quando foi atingido por um sério caso de congelamento cerebral por tentar terminar o suco muito rapidamente. Ele queria sair da cozinha o mais rápido possível.

Patricia sabia que estava deixando Draco desconfortável. Foi uma daquelas raras ocasiões para ela e ela não deixou passar a oportunidade.

— Scorpius tem agido de forma estranha.

— Com um bom motivo — Draco murmurou.

— Você falou com ele?

— Sim.

— E ele falou com você?

Draco não disse.

— Acho que você talvez queira se esforçar um pouco mais — sugeriu Patrícia levemente. — Limpe o ar. Foi bom ter Harry por perto. Scorpius também achou legal.

— Ele não pensa mais assim.

— Parece que sim. — Ela jogou as fatias de pepino no prato antes de pegar o sal. — Apenas um simples mal-entendido.

— É sempre um simples mal-entendido.

Ela salgou a salada e salpicou-a com um pouco de óleo. Então ela disse:

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