28. O Inevitável

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Um grande estrondo tirou Draco de seu sono sem sonhos e ele se levantou.

— Pai? Você trancou a porta. — A voz de Scorpius estava abafada, vinda do corredor.

Draco virou a cabeça para o lado e encontrou Harry sentado ao lado dele. A luz do sol fluía ao redor deles.

— Droga — eles juraram em uníssono.

A confusão louca que se seguiu durou segundos, mas pareceu uma eternidade enquanto eles se atrapalhavam para sair da cama enquanto limpavam o sono dos olhos e silenciosamente ameaçavam dar um soco um no outro por não acordarem nem uma vez durante a noite. Uma vez apresentável, Draco abriu uma fresta da porta, para que Scorpius não pudesse ver o quarto.

— Que horas são?

— Não sei. — Scorpius encolheu os ombros.

Draco quase praguejou de novo quando olhou para o relógio do corredor. Patricia chegaria em menos de cinco minutos e Scorpius ainda nem tinha se lavado.

— Lave o rosto. Escove os dentes. Você pode escolher suas roupas para hoje. Certifique-se de ter embalado seus livros — ele rapidamente disse enquanto conduzia seu filho pelo corredor.

Scorpius ficou perplexo porque seu pai nunca o havia apressado assim na manhã anterior.

— Estamos atrasados?

— Nós certamente estamos.

— Eep! — O menino saiu correndo.

Assim que Draco ouviu a porta do banheiro de Scorpius bater, ele estava puxando Harry para fora do quarto principal.

— Patty vai chegar a qualquer minuto. Você precisa ir embora. Agora — ele sibilou, sem se importar com o fato de que Harry estava tropeçando atrás dele. — Silenciosamente.

Os homens pularam quando ouviram Scorpius gritar:

— PAI!

— Você realmente precisa ir — Draco gemeu enquanto tentava empurrar Harry escada abaixo.

Harry, no entanto, não se moveu para sair.

— Ei. Você ficaria incomodado se eu dissesse uma coisa?

Draco congelou.

— PAAAAAI!

Harry sabia que Draco o tinha ouvido. Ele estendeu a mão e passou as costas da mão na bochecha de Draco, gentil e hesitante.

— EU NÃO TENHO TOALHA!

Harry respirou fundo para começar a falar.

Draco balançou a cabeça abruptamente, afastando a mão de Harry para detê-lo.

— Não.

— ME OUVIU?

Harry concedeu.

— Tudo bem. Não vou dizer isso.

— TOALHA, PAI!

Draco tropeçou para trás. Como ele deveria estar em todos esses lugares ao mesmo tempo?

— INDO! — ele chamou seu filho, mas seus olhos permaneceram em Harry. — Você... — No instante seguinte ele percebeu que não tinha tempo para isso. — Use o Flu, Potter. — Ele estalou os dedos e apontou para baixo.

Harry desceu correndo a grande escadaria, três degraus de cada vez, quase torcendo o tornozelo no último salto. Ele apontou a varinha para a lareira assim que ouviu a porta da frente se abrir. Ele havia desaparecido da mansão logo quando Patricia entrou.

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