— Você passou por aqui ontem?
— Sim.
— Eu fui um completo idiota?
— Não tão completo quanto no dia anterior.
— Isso é um alívio — Draco resmungou. Ele estava sentado no escritório com seu trabalho empilhado à sua frente. Sua cabeça doía, seu nariz estava entupido, sua garganta estava arenosa e ele se sentia péssimo. Não ajudou o fato de o estúpido Potter estar sentado à sua frente com um sorriso estúpido e paternalista em seu rosto estúpido e presunçoso. — Vá embora.
— O quê? Sem gratidão?
— Eu não preciso de você.
— Certo. — Harry chegou à mansão à noite e encontrou os Malfoy na mesma posição em que os havia deixado - grogues na cama. E então Draco se forçou a acordar e caminhou como um zumbi até o escritório, resmungando sobre terminar o trabalho antes do prazo final de três dias. Harry observou Draco escrever diligentemente. Tão sério. — Posso sair com Scorpius amanhã se você quiser. É sábado — ele ofereceu.
— Eu vou ficar bem.
— Estou livre. Sem planos.
— Não se incomode.
— Draco -
— Você já fez muito.
— Deixe-me fazer isso também?
Draco acalmou a pena com os olhos baixos.
— Eu ficaria feliz em ficar — disse Harry.
Draco já havia perdido dois dias de trabalho. Ele não podia se dar ao luxo de ficar ainda mais atrasado com a papelada tediosa. Ele era muito mais produtivo trabalhando em seu escritório do que em casa. Patricia ainda estava fora visitando a mãe. Se Harry estava oferecendo tão gentilmente...
No dia seguinte, Draco saiu para trabalhar às oito, o que significava que Scorpius e Harry poderiam cometer uma série de atos maliciosos o dia todo.
— O que devemos fazer agora? — Harry perguntou, balançando as sobrancelhas para cima e para baixo.
— Eu deveria voltar para a cama e comer mais laranjas — Scorpius respondeu obedientemente.
— Isso não é divertido.
— Você não deveria se divertir quando está doente.
— Você não está mais doente.
— Sim, eu estou. — Scorpius tocou seu pescoço para verificar sua temperatura. — Ainda estou quente. Viu?
Harry acenou para ele.
— Que tal um bom passeio lá fora? Tomar um pouco de ar fresco? — ele propôs.
— Ah, não podemos.
— Por que não?
— Porque estou doente, Harry — Scorpius explicou novamente. Ele era o epítome da paciência. — E ainda está frio lá fora. Vou ficar mais doente.
— Então o que eu devo fazer com você?
Scorpius exalou em um jorro alto e pegou a mão de Harry.
— Vou brincar com você lá fora quando estiver melhor. Eu prometo — disse ele. — Hoje vamos brincar aqui dentro.
Pouco tempo depois, Scorpius estava sentado no balcão de mármore de sua cozinha, com as pernas balançando sob o corpo, enquanto observava Harry misturar mel e manteiga de amendoim em uma tigela. Ele estava fazendo 'comida com a qual você brinca'. Scorpius foi ensinado a nunca brincar com a comida. Harry colocou a tigela ao lado do menino.
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Learn to love | Drarry
FanfictionQuase quinze anos depois da guerra, Harry Potter é professor em uma escola preparatória para jovens bruxos e bruxas, e é aí que conhece Scorpius Malfoy, de cinco anos. Seu fascínio pelo menino cresce ao longo dos novos meses. Não demora muito para q...