Teddy e Scorpius insistiram em passar uma última noite juntos quando o verão chegava ao fim. Harry e Draco ficaram isolados lá embaixo enquanto os meninos faziam uma confusão lá em cima. Os homens haviam bebido algumas garrafas de vinho entre si. Draco sacudiu a garrafa vazia e ergueu uma sobrancelha para Harry.
— Estou dentro do jogo se você estiver — disse Harry.
— Para a adega.
Harry bufou e se perguntou por que estava surpreso que esta enorme mansão pudesse ter uma adega. Certamente tinha uma prisão de masmorra sinistra. Uma adega era um grande upgrade, considerando isso. Ele seguiu Draco.
— Quantos quartos você tem neste lugar?
— Nunca contei. — Draco abriu uma porta no final do corredor e espiou o abismo escuro abaixo. — Tem sua varinha com você?
— Não.
— À moda antiga, então. — Ele desceu as escadas de pedra tateando, passando a mão pela parede áspera enquanto se aventurava no porão escuro. Assim que alcançou o nível do solo, ele começou a procurar cegamente pelas lanternas que seu pai mantinha espalhadas pelo local.
Nesse ínterim, Harry encontrou o caminho até a prateleira de vinhos que parecia abranger toda a parede da adega.
— Você poderia afogar um peixe nisso tudo — disse ele, agarrando aleatoriamente o gargalo de uma garrafa. — Que tal este? — Ele balançou-o, ouvindo o barulho. — Parece um bom vinho.
— Tenho certeza que sim. — Draco finalmente esbarrou em uma lanterna na mesa e começou a lutar para acendê-la.
— Tem rolha, tem rótulo, está cheio. O que mais eu poderia pedir?
— Suponho que até os professores podem enlouquecer durante as férias de verão.
— Esse sou eu. Selvagem. — Harry pegou outra garrafa. — Vou pegar dois, só para garantir.
— Alguns deles não têm preço, Potter — Draco exclamou ao ouvir garrafas batendo umas nas outras no escuro. — Cuidado. — Justo quando terminou seu aviso, ele ouviu tropeços e quedas.
Harry tropeçou em um degrau irregular e girou o corpo para salvar as 'inestimáveis' garrafas de vinho em suas mãos, caindo de costas com um grunhido. — Uau.
— Potter! — Draco correu até as escadas, semicerrando os olhos para ver a forma caída de Harry. — Se você quebrou alguma coisa minha, eu juro -
— Eu não quebrei! — Harry ergueu o vinho. — Viu?
Draco pegou as garrafas.
— Acho que você já bebeu o suficiente.
— Agora, ouça aqui -
... E a próxima coisa que Harry percebeu foi que ele estava abrindo os olhos sonolentos, enterrado sob o peso de um cobertor pesado.
Ele acordou com um sobressalto.
Ele piscou para afastar a luz do sol e pressionou alguns dedos nos olhos.
— Ah — ele gemeu. Ele sentiu como se a morte tivesse tomado conta dele. Foi horrível.
— Bom dia.
Ele semicerrou os olhos ao ouvir o som e murmurou:
— Não muito bom. — Na porta aberta estava Draco com uma caneca de café fumegante na mão. Harry deixou cair a cabeça entre as mãos. — Ugh. — Ele engoliu seco antes de pegar os óculos na mesa de cabeceira. — Que horas são?
— Pouco depois das nove. — Draco trouxe o café para Harry, que o aceitou agradecido. — Os meninos ainda não acordaram. Café da manhã?
Harry tomou um gole da bebida quente com prazer.
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Learn to love | Drarry
FanfictionQuase quinze anos depois da guerra, Harry Potter é professor em uma escola preparatória para jovens bruxos e bruxas, e é aí que conhece Scorpius Malfoy, de cinco anos. Seu fascínio pelo menino cresce ao longo dos novos meses. Não demora muito para q...