The Mysterious Duke

Capítulo 10: O Passado

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     O clima na sala de jantar ficou pesado, Jimin suspirou fundo e passou a mão no rosto, antes de subir a mesma para a cabeça e jogar seus cabelos para trás, ouvindo a porta do quarto do Duque bater com força, o fazendo suspirar mais uma vez. Inferno! Estragou todo o seu não jantar com Jeong Kuk e levou consigo todo o clima e a tensão gostosa que se formou entre os dois...

– que o santo vampiro salve quem o encontrar no caminho, coitado! – comentou uma das criadas negando com a cabeça e Jimin suspirou pela terceira vez em menos de três minutos.

– isso foi arriscado Jimin, não faça mais isso, ninguém tenta irritar ou contrariar as decisões do Duque aqui... – começou Dominique avisando o menor, ninguém tem a mesma sorte de Jimin com Jeong Kuk... – ninguém aqui está pronto para enfrentar a ira de um descendente direto! – completou chamando um dos outros criados – peça que arrume o cavalo do Duque, rápido! – pediu, vendo o rapaz sair da sala de jantar correndo e acabou suspirando também.

– onde que o Javier fica? – perguntou Jimin e o mordomo bateu na própria testa, e lá vamos nós!

– você quer mesmo ir atrás do Javier com todo o mau humor do Duque? – perguntou Dominique incrédulo e Jimin assentiu fechando os olhos.

– de alguma forma eu sinto que eu tenho uma parte de culpa nisso... – começou Jimin suspirando mais uma vez, antes de olhar para o mordomo – sinto que se eu não estivesse aqui, ele não faria aquilo – completou e Dominique esperou que Jimin desistisse, embora soubesse que era verdade, aquilo foi por causa do menor...

– ok, ele fica na ala leste da mansão, os criados mais importantes tem quartos por lá... – respondeu Dominique andando até a porta da sala de jantar, antes de parar e olhar para o menor novamente – e Jimin? Nem todos lá são compreensíveis, então tome cuidado! – avisou antes de sair, fazendo Jimin engolir em seco e caminhar em direção a ala leste da mansão.

Os corredores da ala leste era quase completamente escuros, não tinha mais que a luz da lua entrando por pequenas frinchas nas cortinas longas, escuras e aveludadas. Então respirou fundo e começou a andar novamente, chegando no final do corredor, não ouvindo nem um mínino barulho, além de sua respiração e os sons de seus passos descalços no chão. Mas então um vampiro apareceu em sua frente do nada, estava com o rosto muito perto do seu e com um sorriso macabro nos lábios, fazendo Jimin arregalar os olhos.

– olá, gracinha! – sorriu ainda mais largo e Jimin engoliu em seco, dando um passo para trás...

[...]

Enquanto isso, Jeong Kuk estava terminando de arrumar sua roupa toda negra, colocando sua capa com o emblema Jeon em um ombro e do ducado de Busan no outro. A capa chegava a arrastar no chão e quando o maior andava, a mesma se abria com o vento, fazendo o único barulho além da bengala, quando o Duque se movia. Pegou as suas luvas negras e as vestiu, pegando sua bengala e saindo do closet em seguida, andou até a janela e a abriu, logo pulando a mesma e pulando para o chão, aterrissando com graça em frente a entrada, perto do criado segurando as rédeas de seu belo cavalo negro.

– vossa graça! – cumprimentou o criado se curvando para o maior imediatamente, que segurou as rédeas e subiu no cavalo, jogando a sua capa, a deixando sobre o animal.

– não me esperem cedo! – disse o maior e sacudiu as pernas, fazendo o cavalo galopar lindamente para a saída da mansão, antes de desaparecer na névoa fria da noite, como uma cortina de fumaça.

O moreno ia pensando no seu ataque ridículo de ciúmes mais cedo, só o fazendo resmungar mentalmente de raiva. Chegou nas divisas da floresta com o vilarejo, parou o cavalo e olhou ao redor, algumas casas tinham estragos, pareciam que houve uma mini guerra, isso era realmente coisa de seu tio Jasper... Algumas casas estavam cobertas de ramas de plantas e algumas até com flores, parecia uma arte dramática olhando por aquele ângulo. Sacudiu as pernas fazendo o cavalo andar novamente, passando pelas ruas e fazendo alguns curiosos aparecerem nas portas ou de detrás de esconderijos o olhando com curiosidade - alguns não tão corajosos -, se escondiam do visitante misterioso.