Rockabye - Lucadu

15

As crianças se encolheram ao lado da mãe ao ver o pai com o braço ao redor da cintura de uma moça que eles não conheciam, mas a mãe parecia conhecer, já que travou um sorriso amarelo no rosto e foi cumprimentá-los, levando as crianças consigo. Gael os seguiu, sorrindo falso para o pai das crianças.

— Isis, quanto tempo. — Disse, indo até ela, que sorriu e a abraçou, beijando-lhe as bochechas.

— Não acho que fomos devidamente apresentados. — Isis diz para a família inteira, dando a deixa para Lucas.

— Isis, essa é a Eduarda, o Gael, namorado dela, e os meus filhos, Vitória e Guilherme. — Vitória entortou suavemente a cabeça e olhou para o pai, para a mãe e em seguida para Isis. — Vitória e Guilherme, essa é a Isis, namorada do papai.

— Oi. — Vitória disse, olhando pra ela com curiosidade. — Por que o seu cabelo é dessa cor? Tu pintou? — Perguntou a menina.

— Não, é minha cor natural de cabelo. — Isis responde, sorrindo para a garotinha. — Mas a sua mãe tinha o cabelo pintado.

— Tinha? — Os dois perguntaram, olhando-a intrigados.

— Tinha. — Lucas disse, rindo. — Era vermelho, da cor do seu vestido, Vitória.

— Vermelho!? — Vitória perguntou, encantada. — É minha cor favorita! — Disse, pulando suavemente, animada.

— Também é a minha, filha. Por isso eu escolhi essa pra pintar o cabelo. — Du diz, sorrindo ao ver o sorriso da pequena.

— Eu quero ver! Tem foto? — Vitória perguntou, se aproximando animada da mãe. Lucas sorriu, lembrando das fotos que ele mesmo possuía consigo.

— Tem algumas, Vivi. Depois eu te mostro, pode ser? Que tal a gente brincar na praia por enquanto? — Sugeriu a mãe das crianças, recebendo sorrisos dos pequenos.

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Depois de muito brincarem na praia, Eduarda estava passando protetor solar nos dois de novo quando Lucas chegou de sua ida à marina para deixar o veleiro de sua família pronto. Os gêmeos correram até o pai, segurando suas mãos enquanto os adultos presentes começavam a seguir o rapaz.

— Vitória, olha lá! — O irmão chamou sua atenção, apontando para o barco a vela para onde Lucas os guiava. — É um barco! Um de verdade!

— Quer ir lá comigo, Gui? — Lucas perguntou, se abaixando pra olhar diretamente para o garoto, que chacoalhou a cabeça positivamente. — Então vamos! — Com isso, ele pegou o filho no colo e o jogou por cima do ombro, o fazendo rir enquanto ia de cabeça para baixo até o barco.

Vitória dispara a correr atrás dos dois, até Eduarda ir atrás dela e a pegar no colo.

— Sem correr aqui, tá molhado e tu tá sem boia, princesinha. — A pequena gargalhou, sentindo cócegas quando as mãos de sua mãe a ergueram.

— Mamãe! Olha pra mim! Eu sou um pirata de verdade! Olha! — Guilherme disse, agora com um colete salva-vidas e acenando com as duas mãos enquanto pulava.

— Eu tô vendo, meu amor! Tá um pirata lindo! — Ela respondeu, vendo Lucas fazer cócegas nele. Antes de entrarem, Eduarda colocou um colete em Vitória, que batia os pés, contendo a animação.

— Mamãe, a gente tá flutuando, olha! —  Disse Vitória, apontando para o mar.

— É legal, né, meu amor? As ondas do mar tão balançando a gente. — Du comentou, sentindo a menina segurar sua mão e puxá-la consigo até a borda do barco.